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MotoGP estuda criar comissão para supervisionar recapeamentos

Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, confirma que vão agir depois do que aconteceu no último GP da Grã-Bretanha

Wet track

No último final de semana, a MotoGP foi forçada a cancelar o GP da Grã-Bretanha, que seria disputado em Silverstone, que substituiu Salzburgring em 1980, quando uma neve enorme impediu que as corridas fossem disputadas na pista austríaca.

Naquela época, a Dorna, cuja entrada aconteceu em 1992, ainda não administrava a categoria. Desde então, a melhoria da segurança tem sido uma prioridade e as circunstâncias apenas como excepcionais como o furacão Ike de 2008, em Indianpolis ou o acidente Marco Simoncelli, em 2011, forçaram a suspensão de uma corrida.

Na verdade, o que aconteceu no circuito britânico foi resultado de uma tentativa de melhorar as condições da pista, que foi reasfaltada pela empresa Aggregate Industrie. Os responsáveis pelo campeonato e o encarregado pela segurança nas corridas, Franco Uncini, chegaram a verificar o resultado das obras em fevereiro e Cal Crutchlow andou na pista em maio, confirmando o bom estado do asfalto.

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No entanto, as condições do asfalto mudaram radicalmente a partir daquele momento e os pilotos criticaram o resultado desde o primeiro treino livre da sexta-feira. No sábado, a chuva apareceu, o que revelou ainda mais as deficiências, e no domingo o desastre foi consumado. Uma tempestade, como tantas que caem na Grã-Bretanha, impediu a realização da corrida.

"A culpa é claramente da empresa responsável pelo asfalto [Aggregate Industrie]", explicou o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta.

O atual campeão da categoria, Marc Márquez, confirmou as informações adiantadas pelo Motorsport.com sobre a reunião convocada pelos pilotos no domingo para que uma decisão sobre as corridas fosse tomada.

"Foi uma reunião porque eles [os pilotos] começaram a aparecer no caminhão da IRTA, eles nos ligaram e fomos", disse. "Não era uma Comissão de Segurança. Foi uma reunião improvisada que nos chamaram e fomos. Não havia a necessidade para a reunião com os pilotos, porque sabíamos que se o circuito permanecia nessas condições e não iríamos correr. A vontade deles prevaleceria, mas eles não precisavam nos convencer, porque pensamos exatamente a mesma coisa."

Além disso, em vista do que aconteceu e para evitar a sua repetição no futuro, Ezpeleta anuncia que considera nomear um representante para ser o responsável por dar o aval para cada pista que seja reasfaltada.

"Temos que pensar se nomeamos alguém para quando um circuito for reasfaltado. Tem que ser um especialista em asfalto que verá como ele foi feito. Temos que pensar se valeria a pena ter um ou vários homologados pela FIM e que esse senhor coloque o selo atestando que este asfalto é bom em qualquer condição", afirmou.

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