MotoGP: Márquez volta a ter problemas de visão após queda violenta no GP da Indonésia

Quadro de diplopia foi a responsável por tirar Márquez das duas corridas finais da temporada 2021

Marc Marquez, Repsol Honda Team after his crash

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

A Honda anunciou nesta terça-feira que o hexacampeão da MotoGP Marc Márquez voltou a sofrer problemas com sua visão após a batida violenta no warm up do último domingo, que impediu sua participação no GP da Indonésia.

Com a moto da Honda apresentando problemas o fim de semana todo, Márquez sofreu diversas quedas na etapa, mas a mais violenta foi a do domingo pela manhã, quando perdeu a traseira de sua RC213V na curva 7 do Circuito de Mandalika.

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Márquez foi ejetado da moto com violência, caindo em cima do braço esquerdo. O espanhol foi levado ao hospital onde foi diagnosticado com uma concussão, encerrando sua participação na etapa.

Enquanto as declarações iniciais da Honda afirmavam que Márquez não havia sofrido danos sérios, agora surge a informação de que o piloto volta a ter danos em um nervo em seu olho, com o retorno da diplopia (visão dupla).

Esse mesmo problema o tirou das duas etapas finais da temporada 2021, devido a uma concussão causada por um acidente de motocross. A diplopia ainda causou dúvidas sobre a continuidade de sua carreira em 2011, quando sofreu um acidente sério durante a etapa da Moto2 na Malásia.

No voo de volta da Indonésia, Márquez começou a sofrer novamente com sua visão e imediatamente passou por exames em Barcelona, onde a diplopia foi diagnosticada. O espanhol foi às redes sociais, dizendo que o caso é "menos severo" que o do ano passado.

"Parece que estou vivenciando um déjà vu... Durante a viagem de volta para a Espanha, comecei a sentir um desconforto com minha visão, e decidi visitar o Dr. Sanchez Dalmau, que confirmou que tenho um novo episódio de diplopia".

"Felizmente, é menos severo que o que tive no fim do ano passado. Mas agora é hora de descansar e ver como que o quadro evolui. Como sempre, muito obrigado a todos pelo apoio!".

Sanchez Dalmau afirmou que Márquez passará por novos exames na próxima semana para avaliar a evolução do quadro e determinar uma janela de recuperação. No caso do ano passado, o espanhol ficou três meses afastado. No momento, isso deixa dúvidas sobre sua participação no GP da Argentina da próxima semana.

"A avaliação neuro-oftalmológica realizada em Marc Márquez na segunda-feira após a batida na cabeça ocorrida no GP da Indonésia mostra um novo episódio de diplopia causado por uma recorrente paralisia do quarto nervo direito, com menos envolvimento que o de novembro de 2021", disse Dalmau.

"Após este exame, foi inicialmente decidido por seguir um tratamento conservador com exames médicos periódicos. Na próxima semana, Marc Márquez passará por mais um check up para avaliar a evolução da lesão e estimar o período necessário de recuperação para retornar à competição".

 

Agora não restam dúvidas de que a Honda entrará em discussões sérias com a fornecedora de pneus da MotoGP, Michelin, sobre a decisão de usar no GP da Indonésia uma construção que não era usada há quatro anos.

Após problemas na pré-temporada em Mandalika com bolhas nos pneus, a Michelin optou por trazer carcaças antigas, que são bem mais duras, como forma de combater o calor extremo da Indonésia. Enquanto muitos notaram uma perda considerável de aderência, o resto do paddock não sofreu grandes problemas.

Porém, a Honda foi fortemente afetada pela falta de aderência traseira, com os quatro pilotos da montadora sofrendo ao longo do fim de semana. Após uma queda na sexta, Márquez foi ao chão mais duas vezes no sábado, enquanto tentava colocar o pneu na janela ideal de funcionamento para entregar uma volta rápida e passar para o Q2.

Pol Espargaró, companheiro de Márquez na equipe oficial da Honda, disse que a solução da Michelin foi "injusta" com a Honda, que liderou os testes de Mandalika, temendo que não teria como terminar a corrida.

"Ainda não entendemos completamente o que aconteceu e vamos conversar seriamente com a Michelin", disse Alberto Puig, chefe da Honda. "Ir de muito rápido há um mês a essa situação atual, é muito difícil para nossos pilotos, e é difícil ser consistente e confiante. Não estamos felizes".

A Michelin insiste que não havia problemas com os pneus usados no GP, e que foi simplesmente um caso das equipes encontrarem os ajustes certos em suas motos, já que os compostos eram os mesmos usados nos testes, apenas com construção diferente.

"Agora que temos os dados do fim de semana, fica claro que não haviam problemas, era apenas uma questão de achar o ajuste ideal", disse Pierro Tarramso, chefe da Michelin. "Quero deixar isso claro, porque ouvi sobre os pneus serem de quatro, cinco anos, mas esse não é o caso. É um tipo de construção que usamos no passado, mas os compostos eram os mesmos dos testes".

"Hoje tivemos quatro designs de carcaças a disposição, dois padrões e dois projetados para aguentarem altas temperaturas. E esses dois usaremos quando sentirmos que é essencial para entregar segurança aos pilotos porque, para nós, a segurança está acima da performance".

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