MotoGP: Pilotos cobram maior segurança no Red Bull Ring após acidente com Pedrosa e Savadori
Principais pontos de crítica dos pilotos são as curvas um e três, locais dos acidentes que levaram a três bandeiras vermelhas nas últimas três corridas
O Red Bull Ring volta a ser o centro de polêmicas na MotoGP. Após duas corridas com acidentes impactantes em 2020, o GP da Estíria do último domingo trouxe isso de volta, com a batida entre Dani Pedrosa e Lorenzo Savadori, que criou um incêndio na pista e terminou com uma fratura no tornozelo para o piloto da Aprilia. Por isso, parte do grid volta a cobrar melhoras na segurança do circuito.
O GP da Estíria do ano passado trouxe algumas das imagens mais assustadoras da categoria nos últimos anos, com a colisão entre Johann Zarco e Franco Morbidelli. Ambos os pilotos caíram, mas suas motos saíram voando pela pista e quase acertaram Valentino Rossi e Maverick Viñales.
Na semana seguinte, foi a vez dos freios de Viñales, que precisou se jogar da moto em alta velocidade para não bater com força na barreira de pneus no final da curva um. Felizmente, todos os pilotos envolvidos se livraram sem maiores problemas.
Desta vez, a protagonista novamente foi a curva três. Dani Pedrosa, que voltava neste fim de semana como wild card da KTM, caiu e foi jogado para fora, enquanto a moto ficou na pista. Vindo logo atrás, Lorenzo Savadori não teve como desviar, batendo com força na KTM e ambas as motos pegaram fogo. Foi a terceira vez consecutiva que uma prova no Red Bull Ring foi interrompida por uma bandeira vermelha.
Um dos críticos mais ferrenhos do Red Bull Ring nos últimos anos, Aleix Espargaró, companheiro de Savadori, não mediu palavras para comentar os incidentes.
"Não tenho mais forças. Estou muito zangado com a condição desta pista. Já falamos disso várias vezes. Três corridas, três bandeiras vermelhas. O que teria acontecido se Lorenzo tivesse acertado Pedrosa em vez da moto? É sempre a mesma coisa nesta pista, mas chega de perder tempo culpando a pista, porque eles [Dorna] fazem o que querem".
"Sabe quantas vezes os pilotos reclamaram daquela curva de Barcelona que foi alterada para este ano? Bem, aqui há três curvas como aquela. Se todos os anos temos problemas em Barcelona com uma curva, imagina com três aqui".
"Talvez as pessoas vão falar que eu só estou reclamando, mas essa não é uma pista para motos, simples. Podemos correr, sim, do mesmo jeito que podemos correr nos centros de cidades! Podemos fazer isso, mas não é certa. Essa é a realidade: esta pista não é segura".
"Nós, os pilotos, não temos mais o que fazer. Acredite em mim, isso não acontece o tempo todo, mas nesse caso, sim: todos concordam sobre a segurança desta pista. Mas como vocês podem ver, nada foi alterado".
Embora pareça existir um certo consenso sobre a segurança do Red Bull Ring e a necessidade de alterações, alguns pilotos acreditam que o que aconteceu no domingo, por mais impressionante que seja, não tenha sido culpa exclusivamente da pista, sendo o resultado de uma sequência de infelicidades.
"Realmente acredito que o que aconteceu hoje com Pedrosa e Savadori poderia ter acontecido em qualquer outro lugar", disse Valentino Rossi. "Por outro lado, esta pista tem três ou quatro frenagens loucas, e o local mais perigoso é a curva 3, porque você freia em um certo ângulo".
"Então quando você tem uma frenagem louca como essa, também é perigoso. É complicado também para os freios, como o problema de Maverick no ano passado. Não é apenas uma coisa, são diferentes fatores combinados".
Entre estes pontos de frenagem polêmicos para a MotoGP, o primeiro setor é geralmente o foco das críticas, seja a primeira curva ou a terceira. Se a proposta de criar uma chicane para marcar melhor a rápida curva dois para este ano foi rejeitada, a expectativa é de mudanças para o futuro.
"A curva três é crítica", disse Joan Mir. "É muito perigosa, principalmente na chuva. Eu também acredito que as saídas das curvas um e três são muito perigosas, porque há uma subida na sequência. No ano passado, vimos uma grande queda na Moto2".
"Para mim, existem pontos críticos como a curva três", disse Jorge Martín, vencedor do GP da Estíria. "É aqui que sempre temos incidentes e interrupções. Acredito que o traçado será diferente no futuro e que resolverão esse problema, porque chegamos muito rápidos ali. Há também uma subida depois da aceleração. Não dá para ver. Talvez seja por isso que Lorenzo tenha caído".
"A curva será alterada, possivelmente para o próximo ano", disse o vice-líder Johann Zarco. "Não sei o que dizer, porque estava na saída da curva, foi menos dramático que a minha do ano passado. Depois a moto pegou fogo e isso impressiona. Uma moto pode pegar fogo dependendo de como é atingida".
"Para mim, [as mudanças] fundamentais são na largada", disse o líder Fabio Quartararo. "A curva um é muito perigosa, porque você não mantém velocidade e há muito espaço na pista".
"Muitas pessoas não se importam em frear na primeira curva porque sabem que há por onde escapar. Se você colocar grama ou brita, não fariam isso. É algo que pode ser bom para a segurança. E, na curva três, já foram duas bandeiras vermelhas lá".
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