Dakar: Guiga Spinelli e Youssef Haddad conseguem 2º lugar entre carros 4x4 diesel
Dupla brasileira fechou competição na 17ª colocação no geral entre os 64 carros participantes
O Dakar chegou ao final nesta sexta-feira, na Arábia Saudita, com os brasileiros Guiga Spinelli e Youssef Haddad chegando até o fim do rali mais duro e perigoso do mundo. A dupla levou o Brasil ao pódio na categoria de carros 4x4 a diesel (T1.2), com o segundo lugar, e também atingiram o objetivo de concluir os mais de 7.600 quilômetros de percurso com seu Mini All4 Racing da equipe alemã X-Raid, fechando em 17º lugar na classificação geral entre os 70 veículos que começaram a prova no dia 3 de janeiro.
“É um sentimento muito bom e sensação de missão cumprida: completar o Dakar, dez anos depois da última vez que conseguimos isso (em 2011, na América do Sul). É um prazer enorme estar nessa equipe de alto nível, que foi campeã no ano passado com o (Carlos) Sainz e desta vez com o (Stéphane) Peterhansel. O carro é fantástico, chegar no fim do Dakar é, sem dúvida, uma conquista e faço questão de dividir este grande momento com todos da nossa equipe aqui e no Brasil e a nossos parceiros”, disse Guiga.
Pentacampeão do Sertões, Guiga havia feito sua última participação no Dakar em 2016 e agora acumula nove edições disputadas: “O segundo lugar na categoria carros 4x4 a diesel é importante, mas nosso resultado na geral foi abaixo da expectativa. Sabemos que poderíamos ter feito uma segunda semana melhor, mas fica esse bom sentimento de privilégio e oportunidade de fazer o Dakar completo com o carro inteiro e em uma equipe com pessoas tão profissionais e competentes”, completou.
A última especial do Dakar teve 200 km de trecho cronometrado, sendo que os competidores ainda percorreram mais 227 km no dia de deslocamento. Maior rali do planeta, o Dakar começou no dia 3 de janeiro e os participantes que chegaram ao final aceleraram em 12 dias, cruzando paisagens incríveis na Arábia Saudita, com dunas, pedras e até paisagens beirando o Mar Vermelho. Guiga e Youssef terminaram o acumulado das especiais em 51 ho38min36s.
“As piores dunas ficaram para o último dia, foi uma especial desafiadora, para concluir um Dakar que foi realmente bem puxado. Esse rali foi difícil, com dificuldade na gestão dos pneus para todos, com muitas pedras com pontas que prejudicaram a performance dos carros 4x4, que usam pneus menores. Por outro lado, estou bem feliz por terminar o Dakar depois de 10 anos, a última vez tinha sido em 2011, e isso já é uma vitória. Fica o aprendizado de um rali duro e de uma navegação bem complexa, agora é olhar para a frente e trabalhar para o próximo”, diz Youssef.
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