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"A batalha ainda não está perdida", diz Luiz Razia sobre a GP2

Brasileiro mantém motivação mesmo após início ruim da temporada e acredita ter encontrado problemas no acerto para promover uma virada

Luiz Razia está em seu terceiro ano na GP2, correndo pela equipe estreante Air Asia

Com um sexto lugar na primeira corrida do ano, na Turquia, a temporada da GP2 começou dentro do planejado para Luiz Razia: marcar pontos de forma consistente em um campeonato que historicamente sempre premiou a regularidade. Mas daí para a frente os resultados foram frustrantes e os pontos desapareceram, em meio a problemas com o carro e classificações ruins. Mas o único brasileiro na categoria não se dá por vencido e mira uma recuperação, já que ainda restam dois terços de campeonato.

“No ano passado, saí de Monaco como terceiro colocado do campeonato com 20 pontos, e o piloto que está em terceiro agora tem 22. Mas eu tive um meio de campeonato tão ruim que terminei em 11º. Em cima disso, nada mudou no meu objetivo. A meta é fazer o contrário neste ano. Se não tivermos mais nenhum tipo de problema no carro, coisas que me atrapalharam muito até agora, dá para terminar entre os três primeiros no campeonato, com certeza. Eu não vou desistir. Falhamos nas primeiras corridas, somamos só três pontos, mas a batalha ainda não está perdida”, garantiu.

A aposta de Razia em uma virada está no trabalho feito com a equipe após o GP de Mônaco, quando um estudo mais detalhado revelou alguns caminhos para mudar no acerto do carro: “Com a minha experiência e com as dos engenheiros da equipe, conseguimos identificar rapidamente o problema. A gente merecia resultados melhores antes, mas acho que eles virão agora, a partir de Valência. O entrosamento da equipe está crescendo, e isso desde o início em Abu Dhabi. Eu contribuí muito trazendo informações dos anos anteriores e o nosso carro só tem melhorado”.

A inspiração para mudar a performance está justamente do outro lado do box da equipe Air Asia. O italiano Davide Valsecchi, companheiro de Luiz Razia, conseguiu resultados consistentes em dois finais de semana seguidos, incluindo uma boa vitória em Mônaco, e está a apenas dois pontos do líder do campeonato, o francês Romain Grosjean.

A certeza de que pode superá-lo é um motivador a mais para o brasileiro. “O Valsecchi é um bom piloto. Ele está fazendo o seu quarto ano na GP2, então é alguém muito adaptado à categoria. Sempre tem sido veloz, mas não é que ele esteja sempre na minha frente: na Turquia eu andei na frente, em Barcelona era um à frente num treino e depois mudava, em Mônaco eu fiquei atrás... então estamos alternando. É ótimo ter um companheiro assim para lutar contra. Cada um mira ficar à frente do outro e este é um dos meus objetivos para o restante do ano”, disse Razia.

A concentração em crescer no campeonato da GP2 é total e a sua participação nos treinos livres de sexta-feira com o carro da Lotus só voltará a acontecer mais perto do final do ano. O piloto baiano explica: “Quando acabar o programa da GP2, vamos focar nestes testes de F-1 andando em mais duas ou três sextas-feiras. O Brasil vai ser uma delas. Se eu pudesse escolher mais, uma delas seria o Japão, que acho uma pista incrível e já cansei de jogar no videogame. Cingapura e Abu Dhabi são outras duas que eu acho legal também”.

A próxima rodada dupla da GP2 acontece no final de semana que vem em Valência, dentro da programação do GP da Europa de Fórmula 1.

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