Alonso: “não tenho problemas em dividir equipe com ninguém”
Em relação a Hamilton, no entanto, espanhol faz uma ressalva: “Contando que não seja na McLaren, ser companheiro dele seria bom”
Fernando Alonso falou sobre seus companheiros de equipe, sua frustração em não conseguir acompanhar Vettel no campeonato e a relação com as críticas que sofre em entrevista à repórter espanhola Nira Juanco. O piloto da Ferrari afirmou que não se arrepende do insucesso das negociações com a Red Bull em 2008 – “é mais importante para um piloto correr para a Ferrari do que ser campeão do mundo” – e que se orgulha do desfecho do mundial de 2010 – “sou vice-campeão mundial de F-1, o que é um desastre para todo mundo, menos para mim.”
“Não tenho problemas em dividir equipe com ninguém. Tenho sorte de ter estado com grandes nomes, ainda que, quando são meus companheiros, parecem que perderam sua velocidade e se tornaram maus pilotos. Gosto de bater meu companheiro, gosto de dar o máximo e se vem um grande piloto e também consigo batê-lo, talvez valorize mais.”
Questionado se voltaria a dividir equipe com Hamilton, único companheiro que conseguiu batê-lo ao final de um ano – pelo número de segundos lugares – o espanhol perguntou: “Por que não? Não tenho problema nenhum com ele, nem na época da McLaren. O respeito muito. Contando que não seja na McLaren, ser companheiro dele seria bom.”
O asturiano disse ainda que não se importa com pessoas de fora que o criticam.
“É difícil que alguém vendo a TV possa criticar sua pilotagem. Se é uma crítica de algum amigo que lhe diz que fez algo errado, ela dói. Felizmente não recebi muitas desse tipo e as que recebi guardo comigo. Mas se dizem que meu boné é muito grande, logo depois compram um igual. É isso o que acontece normalmente com os faladores anônimos, então não ligo para essas críticas.”
Para o espanhol, a pior sensação deste ano é não poder competir mano a mano com a Red Bull.
“Estamos a muitos pontos da liderança e o pior deste ano é Vettel ter ganhado quase todas as corridas e não ter cometido nenhum erro. De resto, é igual ao ano passado.”
Vettel, inclusive, pilota o carro que poderia ser seu. Afinal, Alonso negociou com a Red Bull no final de 2008.
“Talvez tivesse três ou quatro campeonatos mundiais, mas não seria tão feliz como sou agora e não pilotaria para a Ferrari. Acho que é mais importante para um piloto correr para a Ferrari do que ser campeão do mundo.”
E pensar que o bicampeão chegou tão perto de ganhar seu terceiro mundial ano passado, quando chegou na última prova liderando o campeonato. Será que isso não lhe perturba ao se ver tão longe da disputa em 2011?
“Não. Lutei pelo mundial quatro vezes, ganhei duas, nas outras duas perdi na última corrida. Sou vice-campeão mundial de F-1, o que é um desastre para todo mundo, menos para mim.”
Desastre para o espanhol foi ficar um ano como piloto de testes, em 2002, aquele que considera o pior de sua carreira. “O pior foi 2002, com certeza, depois 2001, 2009, 2008... depois vêm 2007 ou 2004”, lista.
Perguntado o que torna um piloto de F-1 diferente dos demais, Alonso apontou a cabeça. “Manter-se frio e tanquilo em momentos importantes. Todos sabemos pilotar, todos ganhamos nas categorias em que competimos anteriormente, todos chegamos à F-1 com um talento mínimo necessário, mas há momentos em que há muita pressão e tem de manter a calma. Imagino que esse controle faça a diferença.”
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