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Após experiência no Japão, pilotos defendem redução nos fins de semana da F1

Chegada de tufão obrigou F1 a reduzir as atividades em pista para o GP do Japão

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images

Na opinião de alguns pilotos, os dirigentes da Fórmula 1 deveriam tirar lições da mudança de planejamento para o fim de semana do GP do Japão pois de acordo com Romain Grosjean, a experiência em Suzuka mostrou que é possível realizar os GPs em apenas dois dias.

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As atividades no circuito japonês foram canceladas neste sábado devido a chegada do supertufão Hagibis, fazendo com que o treino classificatório fosse adiado para o domingo, horas antes da corrida.

Ritmo mais forte nos treinos

Grosjean, que é um dos diretores da associação dos pilotos (GPDA), disse que a forma como o segundo treino livre se transformou em uma potencial classificação mostrou que se as atividades ocorressem em dois dias seria algo positivo.

 “Nós fomos com tudo para o TL2”, disse o francês da Haas. “Nós usamos um modo de potência do motor e eu achei que foi realmente um bom formato. Seria bom se fosse apenas sábado e domingo, com um treino livre na manhã do primeiro dia e uma segunda sessão a tarde que definisse a classificação”.

“Você precisa acelerar, tem uma boa quantidade de pneus, e ainda pode ajustar o carro. E há o toque de recolher a noite, então os mecânicos não vão dormir tão tarde. Pode-se mudar um pouco o setup do carro entre a classificação e a corrida e você pode otimizar desempenho nas duas sessões. Eu realmente gostei da experiência”.

Melhoras na qualidade de vida

Mecânicos trabalham incessantemente nos fins de semana.

Mecânicos trabalham incessantemente nos fins de semana.

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

O piloto da Toro Rosso, Daniil Kvyat concordou que a F1 poderia ser mais aberta a experimentar diferentes formatos no futuro, tendo em vista uma redução para dois dias de atividades.

“Nós já estamos discutindo alterações mais profundas do que mudar o formato do fim de semana, mas talvez poderíamos experimentar fazer mudanças. Digamos que no sábado de manhã tenhamos uma sessão maior e então a classificação à tarde. Assim o pessoal da equipe começaria a ficar menos tempo longe de casa, tanto os mecânicos quanto nós”.

“Mas principalmente o pessoal da equipe que trabalha por tantos dias. Talvez esse dia extra possa fazer eles terem mais qualidade de vida. Então por que não? Faz sentido levar isso em conta”.

Mais pneus, mais treinos

Lewis Hamilton acredita que um dos aspectos positivos na mudança no formato foi que os pilotos puderam andar mais nos treinos livres, já que havia mais pneus disponíveis.

“Foi uma sexta-feira realmente melhor”, disse o pentacampeão. “Normalmente você só tem dois pneus por sessão, mas como vamos perder o TL3 nós também usamos os dois conjuntos que usaríamos no sábado de manhã”.

“Foi um aprendizado interessante. Talvez os organizadores precisem nos dar mais pneus no fim de semana para podermos ir à pista três vezes em cada sessão, pois teríamos três conjuntos para cada treino”.

“Seria melhor para treinar, e melhor para os fãs também, porque nós começaríamos logo no começo das sessões, ao invés de esperar por 20 minutos nos boxes antes de ir para a pista”.

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GP do Japão

Marcada pelo supertufão Hagibis, a edição de 2019 da prova em Suzuka certamente entrará para a história e fará parte das curiosidades da etapa japonesa. Um caso parecido é o da corrida de 2004, que também foi marcada pelas fortes chuvas. Confira outras curiosidades do GP do Japão:

Esta será a 35ª edição do GP do Japão de F1. No mundial desde 1976, foram realizadas 30 corridas em Suzuka e quatro em Fuji. Mario Andretti, de Lotus, foi o primeiro vencedor.
E foi nesta edição, em Fuji, que aconteceu a famosa prova que deu o título mundial a James Hunt, com o abandono de Niki Lauda, sob muita chuva. O episódio foi retratado brilhantemente no filme
Suzuka é a única pista de todo o calendário da F1 com a primeira metade no sentido anti-horário e a segunda no sentido horário.
Em 30 edições, o GP do Japão em Suzuka foi vencido pelo pole position em 16 delas.
Michael Schumacher é o maior vencedor do GP do Japão, com seis triunfos: 1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004.
Mas Lewis Hamilton pode igualar o feito do alemão neste ano, já que possui cinco vitórias: 2007, 2014, 2015, 2017 e 2018.
A McLaren é a equipe que mais venceu no Japão, com nove vitórias, mas a Mercedes venceu em todas as edições desde o início da era híbrida da F1.
Ayrton Senna é o brasileiro com mais vitórias no país, vencendo em 1988 e 1993. Nelson Piquet ganhou em 1990 e Rubens Barrichello em 2003.
Durante muito tempo o GP do Japão era a penúltima etapa da temporada da F1, por isso acabou sendo palco de 12 decisões de título. A primeira com James Hunt, em 1976, e a última em 2011, com Sebastian Vettel, já com a corrida em Suzuka não sendo mais a penúltima daquele ano.
Em uma delas, em 1989, aconteceu um dos mais polêmicos finais de campeonato, com Ayrton Senna e Alain Prost batendo, com o francês abandonando e o brasileiro conseguindo voltar, para vencer. Logo em seguida, Senna foi desclassificado, com o título caindo no colo de Prost.
Mas Suzuka viu os três campeonatos de Ayrton Senna serem decididos lá.
Em 1988...
1990 (no 'troco' sobre Prost)
E 1991.
Em 2004, a chegada do tufão Ma-on ao país causou o cancelamento das atividades de sábado, fazendo com que o treino fosse transferido para o domingo. Naquela ocasião Michael Schumacher chegava ao país como heptacampeão e Rubens Barrichello como vice.
O alemão largou na pole e terminou a prova em primeiro, conquistando sua 13ª vitória no mundial e fazendo, de quebra, uma 'dobradinha' familiar com o irmão Ralf, que corria pela Williams na época.
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