Balanço de meio de temporada: Leclerc, a surpresa de 2018
Nesta semana, o Motorsport.com inicia avaliação da primeira fase da temporada de 2018 da F1
As primeiras 12 etapas da F1 em 2018 antes das férias de agosto tiveram saldo amplamente positivo para algumas equipes e pilotos, enquanto que outros terão muito a que refletir nas semanas de descanso. Nesta semana, o Motorsport.com fará um balanço do ano até agora, com a primeira parte dedicada a Charles Leclerc, a grande surpresa do primeiro semestre.
Aos 20 anos de idade, Leclerc se tornou figura de destaque do pelotão intermediário, frequentemente na zona de pontos e com performances que o colocaram no radar de uma transferência para um carro de ponta já em 2019.
Piloto protegido da Ferrari, o monegasco estreou na F1 embalado por resultados de destaque nas categorias de base, sendo o único a emendar títulos em anos consecutivos em GP3 e F2.
O próximo passo natural seria uma promoção à F1, e o time escolhido foi a Sauber – com quem a Ferrari estreitou ainda mais seus laços para 2018, com uma associação de marca com a Alfa Romeo.
O começo não foi muito fácil. Leclerc foi superado em classificação por seu parceiro de equipe, Marcus Ericsson, nas duas primeiras etapas do ano, sendo que o sueco foi o primeiro do time a marcar pontos, com um nono lugar no Bahrein.
Mas, aos poucos, a maré virou para o seu lado. Leclerc passou a entender melhor o funcionamento do Sauber C37 e passou a dominar Ericsson, e o ponto alto de sua recuperação veio no caótico GP do Azerbaijão: na quarta corrida do ano, o jovem piloto terminou em sexto, o melhor resultado da Sauber na F1 desde 2015.
Leclerc posteriormente pontuou em quatro das cinco corridas seguintes, além de levar seu carro ao Q3 por três vezes – o que também não acontecia também desde 2015.
Leclerc fechou a primeira fase da temporada com 13 pontos, na 15ª colocação da tabela. Os resultados e as performances por si só, sobretudo por se tratar de um piloto ainda com pouca experiência, já o colocaram nos radares para uma possível transferência à Ferrari no ano que vem.
Menções honrosas:
Sauber: não foi apenas Leclerc que cresceu em 2018 – a própria Sauber elevou suas performances significativamente em relação aos anos anteriores. Isso foi fruto da gestão de Fred Vasseur, que, ainda em 2017, rompeu o acordo com a Honda e estreitou os laços com a Ferrari e os planos do falecido Sergio Marchionne. Isso envolveu o reforço do corpo técnico, a utilização do motor atualizado da Ferrari e performances mais consistentes.
Haas: com um carro consistente (que provocou suspeitas e acusações de rivais), a Haas se tornou uma grande potência do pelotão intermediário. Como destaque, houve a conquista de um quarto lugar, dois quintos e três sextos, o que coloca o time em quinto na tabela – e poderia ser até mais se não fossem alguns erros (como no abandono duplo da Austrália) e os abandonos de Romain Grosjean.
Toro Rosso: muito se questionou sobre como seria a performance da Toro Rosso em 2018 com a parceria com a Honda, e o time acabou sendo uma grata surpresa. Foram cinco corridas na zona de pontuação, incluindo um quarto lugar de Pierre Gasly no Bahrein (o melhor resultado da Honda desde que seu retorno à F1). O piloto francês, aliás, é outra surpresa à parte.
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