Brawn destaca dificuldade das equipes entenderem os pneus
Chefe da Mercedes explica que o acerto para a corrida é que determina quem dominará cada final de semana de GP
A grande explicação para o sobe e desce das performances dos carros é a pequena janela em que os pneus Pirelli funcionam e a dificuldade que as equipes vêm tendo em acertar seus carros dentro desse ‘alvo’ para otimizar seu rendimento. Quem garante é Ross Brawn, ouvido pelo TotalRace.
“Minha sensação é que todos os carros e todas as equipes – talvez até todos os pilotos – podem errar se não compreenderem como as mudanças na pista afetam o desempenho. É uma parte importante do que temos feito, muito mais que no passado, quando os pneus não eram tão sensíveis”, compara o chefe da Mercedes.
“Isso faz com que seja um desafio interessante, porque é mais importante ter um bom acerto para a corrida. Se tivermos um acerto errado, será como aconteceu conosco em Melbourne e a corrida foge de você, não importando em que posição você se classificou.”
Brawn observa que a gangorra de performances ocorre mesmo dentro das equipes, caso o acerto seja diferente entre os pilotos. “É algo que vemos até dentro de uma mesma equipe, se um piloto e seus engenheiros conseguem antecipar melhor de que precisam para a corrida. Acho que é uma porção fascinante dos nossos desafios atuais.”
O engenheiro reconhece que a classificação continua sendo importante – principalmente se você consegue largar na pole e deixar seus rivais para trás logo de cara, como seu piloto Nico Rosberg fez na China – mas nada é mais fundamental que o acerto para a corrida.
“Largar na pole e ter ar limpo é uma grande vantagem. Mas se você sacrificasse um acerto de corrida para conseguir isso, seria alcançado no meio da corrida. Então o acerto de corrida e fazer os pneus funcionarem nessa situação definitivamente é a prioridade no momento. Não acho que nenhuma das equipes grandes esteja pensando mais na classificação do que na corrida.”
Esse não é um fenômeno novo, de acordo com Brawn, mas está mais forte hoje do que na era do reabastecimento, por exemplo.
“Claro que quando tínhamos o reabastecimento, era algo a se levar em consideração, porque toda a estratégia era baseada na quantidade de combustível com a qual ia largar. Os critérios eram bem diferentes. Mas no final das contas, acho que a corrida sempre esteve em primeiro plano.”
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