Brawn: F1 precisa facilitar regras para novas fabricantes
Diretor técnico da F1 considera que a categoria poderia contribuir para que novas fornecedoras de motor entrassem futuramente
Ross Brawn afirmou que a F1 pode precisar oferecer brechas de regulamento a novas fabricantes de motor no futuro após o persistente sofrimento da Honda desde que retornou à categoria, em 2015.
A entidade regulamentadora do esporte, a FIA, declarou no início do ano que Mercedes, Ferrari e Renault estão com seus motores separados por 0s3, apesar de que a Red Bull contestou a metodologia usada para o cálculo.
A Honda está em sua terceira temporada sob o atual regulamento e ainda apresenta dificuldades de se aproximar das demais, o que causou enorme tensão com sua parceira, a McLaren.
Brawn recentemente sugeriu que a F1 ajudaria a Honda se a fabricante japonesa pedisse por ajuda, e acredita que a categoria pode precisar fornecer auxílio extra às montadoras que entrarem.
“Sob as novas regras [após 2020], teremos de considerar as novas fabricantes que entrarem após esta data de início e entender que elas podem precisar de ajuda nesse começo”, explicou o diretor técnico da F1.
“Se você lembrar do sistema de tokens, talvez uma nova fabricante poderia ter mais tokens de desenvolvimento para os primeiros anos. Há algumas iniciativas inteligentes que podemos usar para encorajar as fabricantes a entrar na F1.”
Brawn reforçou o desejo da F1 em ajudar a Honda caso haja um pedido que não crie “competição injusta”.
“Não vamos chegar lá e negociar termos especiais para a Honda. Não estou propondo que eu diga como a Honda deve fazer seu motor, mas, se nós pudermos ajudá-los a alcançar suas ambições, então assim faremos.”
“Se a Honda nos procurar por ajuda e se isso estiver dentro de nossa capacidade, sem que isso crie competição injusta, então nós ajudaremos.”
Brawn acredita que os motores devem ser um “diferencial de performance” na F1, mas as regras atuais criaram a tecnologia complexa demais a ponto de desencorajar a entrada de novas fabricantes.
“Na época antiga, quando os motores ocupavam um espaço entre o chassi e o câmbio porque todos tinham o mesmo motor... Não acho que isso acrescentava muito valor à F1, onde há valor em se ter alguma diferenciação.”
“Mas isso não pode ser grande demais a ponto de ser um fator dominante. Encontrar o equilíbrio vem do ponto de partida, porque tentar corrigir isso posteriormente é complicado, estressante e frustra as pessoas.”
“Os atuais motores são peças de engenharia magníficas, mas, infelizmente, como tem sido visto, uma nova fabricante sofre para superar o desafio. Não queremos deixar tudo muito fácil, mas queremos que as novas fabricantes possam entrar, fazer um trabalho respeitável e ser competitiva em três anos.”
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