Brawn foca em distribuição mais justa de recursos na F1
Britânico diz que chave é tentar fazer times concordarem em reduzir custos com certa margem








Novo diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn acredita que a categoria precise ser menos dependente do orçamento de cada equipe. Para isso, ele se diz convencido de que a F1 necessite de uma melhor distribuição financeira.
"Ter uma discussão sobre remuneração com as equipes é difícil se você não apresentar os dois lados", afirmou Brawn. "Nós temos que apresentar como vemos o esporte avançar em termos do investimento que as equipes fazem, porque é substancial.”
"Penso que é justo dizer que não há uma equipe na F1 que não dê as boas vindas a uma redução de custos. Estamos preparando nosso caso e nossas propostas com a FIA para conseguir isso.”
Brawn revelou que o ex-diretor financeiro de Honda, Brawn e Mercedes, Nigel Kerr - cuja nomeação foi anunciada no mês passado - está encarregado de estudar os gastos atuais das equipes e demonstrar como isso pode mudar sob um novo pacote de regras.
"A tarefa de Nigel será ajudar a construir os modelos financeiros que podem demonstrar o caminho a seguir para as equipes da F1. Então, estamos colocando tudo isso junto.”
"É claro que tem que estar em cooperação com a FIA. A FIA é o órgão regulador do nosso esporte.”
"Queremos complementar e apoiar essas atividades, e fazer propostas que pensamos serem boas para o esporte. Mas o debate sobre a remuneração deve acompanhar a forma como controlamos os custos ou os investimentos necessários na F1."
Brawn também deixou claro que, embora o objetivo seja deixar o grid mais próximo nos próximos anos, ele não quer minar completamente as equipes estabelecidas.
"Eu acho que uma coisa que eu gostaria de dizer é que não queremos derrubar o ímpeto da F1. Eu acho que a F1 ainda deve ser ambiciosa para as equipes.”
"Nós não queremos que todas as equipes sejam exatamente iguais. Ainda haverá equipes aspirantes e ainda deve haver a Ferrari, a Mercedes e a Red Bull.”
"Mas nós não queremos dominar. Precisamos de um ambiente onde uma equipe que faça um trabalho realmente bom possa andar bem. Mas não queremos uma situação em que o poder financeiro somente permita que uma equipe adquira uma posição dominante, como aconteceu nos últimos anos."
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