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Ecclestone torce por Bahrein e não se vê fora da F-1

Dirigente acredita que equipes não esboçarão separação após fim do Acordo de Concórdia, que expira em 2012

Bernie Ecclestone,

Em uma longa entrevista para a emissora norte-americana "CNN", Bernie Ecclestone tocou em pontos polêmicos e delicados para a F-1.

O "chefão" da categoria afirmou que acredita na realização do GP do Bahrein, questionando os problemas políticos que afetaram a região. "Acho que começou pela mesma razão da Tunísia, e se tornou algo pegajoso."
 
Aos 80 anos, Ecclestone não consegue se ver fora da liderança da categoria. "Não sei por quanto tempo estarei aqui. Espero que, enquanto estiver por aí, estarei lá [na F-1]. Vamos ver."
 
Por fim, o dirigente não acredita que as equipes tentarão uma separação da F-1 por conta do fim do Acordo de Concórdia, que expira em 2012: "As equipes não vão se separar e fazer o próprio campeonato. Eles vão tentar renegociar se conseguirem, para terem mais dólares."
 
Confira a entrevista completa, separada por tópicos:
 
Caso Bahrein
Acho que as equipes estão feliz. Se o local estiver seguro e tudo estiver bem, acho que as equipes estarão felizes em apoiar.
 
Sempre tentamos ficar fora de política, religião e coisas do tipo. Realmente não sei e também não imagino se as pessoas encontraram exatamente os problemas. Acho que começou pela mesma razão da Tunísia, e se tornou algo pegajoso, do tipo 'por que não fazemos o mesmo?'
 
GP da Índia
Acho que eles podem fazer muito [pela F-1]. É um grande mercado e, no fim, acredito que será maior que o da China.
 
Continuidade à frente da FOM
Se eu achar que não conseguirei mais entregar o trabalho e que não estou fazendo um bom serviço, então vou desaparecer. Apenas faço um trabalho e tento e fico à frente do jogo com tudo. Não sei por quanto tempo estarei aqui. Espero que, enquanto estiver por aí, estarei lá. Vamos ver.
 
Acordo de Concórdia
As equipes não vão se separar e fazer o próprio campeonato. Eles vão tentar renegociar se conseguirem, para terem mais dólares. 
 
Temos todos os circuitos e as emissoras de TV sob contrato. Eles não vão querer de nenhum jeito. Eles não conseguirão produzir tanta receita como nós produzimos.
 
É uma grande dificuldade para os times, eles todos estão competindo contra si, em um grande conflito financeiro e por receita. Então, você precisa de alguém que está de fora, e acho que a CVC [principal acionista da F-1] está fazendo e administrando as coisas muito bem.
 
Veja a entrevista em inglês:
 
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Bruno Vicaria
Fórmula 1
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