Equipes questionam papel do Grupo Estratégico da F1
As seis equipes que compõem o Grupo Estratégico da F1 questionaram sua necessidade para o longo prazo e querem que o assunto seja revisto em sua próxima reunião, no dia 7 de novembro.
Após um encontro informal no GP da Malásia, Mercedes, Ferrari, Red Bull, McLaren, Williams e Force India escreveram uma carta aos seus outros dois membros, o presidente da FIA, Jean Todt, e o diretor executivo da F1, Chase Carey, pedindo para que um debate seja iniciado.
O pedido foi incluído na mesma carta que pede pela revisão do caso envolvendo Marcin Budkowski.
Nas reuniões do Grupo Estratégico, as seis equipes possuem seis votos, a FIA tem seis votos e o detentor dos direitos comerciais possui seis votos. Desde que o Liberty Media assumiu o controle, as outras quatro equipes – Renault, Toro Rosso, Haas e Sauber – foram convidadas para assistir às reuniões, mas sem direito a voto.
O significado do Grupo Estratégico é que apenas as mudanças de regras que forem concordadas por ele vão à Comissão da F1, onde todas as equipes e outras partes, como promotores de corridas, têm voto.
Assim, assuntos importantes às vezes não passam pelo Grupo Estratégico por consideração à Comissão da F1.
O sentimento entre as equipes é que, como todas as 10 equipes estão envolvidas nas reuniões, o Grupo Estratégico por ser considerado redundante, de modo que as ideias e votações podem ir diretamente à Comissão da F1.
Tradicionalmente, Bernie Ecclestone tinha a tendência de acompanhar a votação das equipes e superar a FIA. Agora, há o sentimento de que Chase Carey e Ross Brawn possam se alinhar à FIA mais do que acontecia no passado, o que deixaria, assim, as equipes com menos voz ativa.
“Isso já mudou muito ao ter todo mundo aqui. Agora, pelo menos temos a divisão de informações, e as pessoas estão cientes do que está acontecendo”, disse um chefe de equipe ao Motorsport.com.
“Mas, por outro lado, o quão relevante isso é para o futuro, levando em conta também a expansão do Grupo da F1? Acho que, provavelmente, é um momento apropriado para ver isso, ver o que está indo bem e o que não está.”
O resultado das reuniões
Outra conclusão importante do encontro informal na Malásia foi o futuro presidente do Grupo Estratégico, papel até então desempenhado pro Todt.
O cargo deve ter rotatividade, e as equipes concordaram na Malásia que, em vez de um deles assumir o posto, isso deve ser passado a Carey ou Brawn.
Além do pedido pelo debate sobre o futuro do Grupo Estratégico e o caso de Budkowski, a carta a Todt e Carey também trouxe à tona o problema dos pagamentos de 2017 da F1.
Como resultado de um gasto extra no começo da era Liberty, em ocasiões como a iniciativa do evento realizado nas ruas de Londres, o Grupo da F1 espera uma queda nos ganhos – e, consequentemente, uma queda na quantia que será repassada às equipes.
O problema é que as equipes sempre montaram seus orçamentos com base em um aumento constante neste valor, e agora precisam lidar com o fato de que receberão menos que o esperado.
Agora, as equipes querem discutir as implicações disso – por exemplo, se esse gasto extra será bancado por outros investimentos obtidos pelo Liberty, ou se isso não será descontado dos lucros.
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