Ericsson sobre Felipe Nasr: "não somos os melhores amigos"
Piloto sueco fala sobre companheiro brasileiro, diz que batida de Mônaco está superada e analisa ordens de equipe na Sauber
Companheiro de Felipe Nasr na Sauber, o sueco Marcus Ericsson voltou a falar sobre o relacionamento dele com o brasileiro e os desdobramentos do acidente entre ambos no GP de Mônaco. Na prova, Nasr e Ericsson estavam em 15º e 16º, respectivamente, quando, na 50ª volta, a Sauber pediu pelo rádio para que o brasileiro deixasse o parceiro passar. Nasr não aceitou e seguiu na frente do sueco. Ericsson, então, forçou a ultrapassagem sobre o brasileiro e ambos colidiram.
"O que aconteceu em Mônaco não foi bom", disse Ericsson ao Motorsport.com. "Companheiros de equipe não deveriam se tocar. Às vezes acontece, mas é preciso evitar isso. Tivemos uma reunião após aquilo e cada um tinha uma opinião bastante diferente. Mas na corrida seguinte, no Canadá, já tínhamos esfriado a cabeça. Sentamos e colocamos um ponto final naquilo".
"Se Felipe estiver em décimo e eu em 11º, precisamos ter cuidado, pois para nós, como equipe, precisamos dos pontos, ainda mais agora que a Manor conseguiu pontuar", disse o sueco antes de falar sobre o relacionamento com o brasileiro.
"Não somos os melhores amigos, nunca fomos, mas (o que aconteceu) não mudou muito (a nossa relação). Nossa relação é boa, nós nos falamos, discutimos as coisas dos carros, mas não saímos para jantar juntos. Acho que não precisa ser mais do que já temos. É importante ter o respeito, mas você não precisa ser o melhor amigo (de seu parceiro de equipe)".
Ericsson também falou sobre a questão de ordens de equipe.
"Ninguém quer que a equipe decida isso ou aquilo. Todos querem deixar que os pilotos lutem pela vitória. Mas, por outro lado, com pilotos da mesma equipe em corridas em que cada um tem uma estratégia diferente, faz sentido para os dois pilotos deixar o outro ultrapassar. Ou seja, é preciso analisar cada situação. Fora isso, deixar os pilotos brigarem por posição é importante".
"Acho que estamos livres para disputar entre a gente, mas temos de respeitar a equipe se eles decidirem por alguma troca de posição. Temos de aceitar e fazer isso. Claro que se for no final da prova, podemos lutar, mas se estivermos com estratégias diferentes temos de respeitar a ordem da equipe".
Entrevista por Oleg Karpov
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