F1: Bruno Senna relembra acidente de Ayrton em buggy na fazenda da família
Veja história contada pelo sobrinho do tricampeão mundial em live feita com equipe do Motorsport.com
Ex-piloto da Fórmula 1, campeão mundial de endurance (WEC) e sobrinho de Ayrton Senna, o piloto brasileiro Bruno Senna fez uma revelação inusitada sobre o tio em entrevista exclusiva ao Motorsport.com.
A história remete ao fim dos anos 1980, na época em que Bruno estava começando a andar de kart. Foi quando Ayrton resolveu 'dar aula' com um buggy e acabou capotando o veículo com a irmã de Bruno, Bianca Senna.
"A história é muito engraçada", relembra Bruno. "Tá tomando pau? Vem comigo que vou te mostrar", disse Ayrton. Depois, porém, a lenda da F1 capotou na pista construída na fazenda da família. É o que o sobrinho do tricampeão relata de forma hilária no vídeo abaixo:
"Eu comecei a andar de kart brincando quando eu tinha cinco anos, então em 1988 eu já estava brincando de kart. Era na fazenda. O primeiro contato foi o meu avô que 'fez'. Eu já dirigia um buggy na fazenda, estavam construindo a pista de kart e comecei a andar lá na pista."
"Meu avô não queria que andasse de buggy na pista porque podia capotar. Até o Ayrton capotou com a minha irmã dentro. Aí, quando eu tinha cinco anos, ele [avô] me deu o kart. A partir daí, foi aquele negócio, nunca mais consegui largar."
E a capotagem?
"A história é muito engraçada. Eu e meu primo Fabinho estávamos apostando corrida de buggy na pista. Ela não estava nem construída ainda, tinha pedaços que tinham só pedras. A gente estava lá acelerando e o meu primo, que era um pouco mais velho, estava me 'dando pau'."
"Aí o Ayrton apareceu: 'Tá tomando pau? Vem comigo que eu vou te mostrar'. Eu: 'Não vou, não. Tá louco?' Minha irmã estava lá dando sopa e ele falou: 'Bianca, vem você comigo'. Aí ele saiu e tinha um curvão rápido. Não deu outra: depois de três voltas, deu umas três capotadas."
"Ele saiu do buggy procurando o óculos dele. Achou o óculos e disse: 'Nem riscou'. E minha irmã lá toda desorientada no buggy. Mas ninguém se machucou, graças a Deus. Ela só ficou com um 'galinho' na cabeça."
Lembranças do tio na F1
"A primeira memória é da Lótus preta. Não tenho memória nenhuma da Toleman. Quando eu tinha uns três ou quatro anos, a gente assistia as corridas na fazenda e eu lembro bem dele na Lótus preta. Em 1987 eu já estava ''pronto' para andar de carro, assistia tudo."
Podia ver as corridas da madrugada?
"Ôh, se podia! O negócio era assistir às corridas na hora que fosse. Era muito estranho, porque eu era criança e não entendia por que as corridas eram nesses horários bizarros. Umas eram de manhã, outras à tarde e algumas no meio da noite. Eu não entendia o fuso horário."
Vitória mítica de Ayrton no GP do Brasil de 1991
"Eu estava em casa e a gente assistiu da casa dos meus avós. Foi muito legal porque a gente estava lá assistindo, ele ganhou e todo mundo ficou louco. E, depois da corrida, ele foi para a casa dos meus avós."
"Foi bizarro, porque juntou uma multidão na frente da casa. Muita gente. Ele chegou com dor, cansado, mas feliz. Lembro que ele subiu no muro e a galera estava fazendo uma festa gigante. Ele 'deu tchau' para todo mundo. Tinha, no mínimo, umas 500 pessoas. Negócio muito louco."
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