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F1: Como fica o teto de gastos com as corridas classificatórias?

Ideia é testar novo formato em Silverstone, Monza e Interlagos em 2021

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 the start followed by Carlos Sainz Jr., McLaren MCL35, Valtteri Bottas, Mercedes F1 W11 and Lando Norris, McLaren MCL35

As equipes de Fórmula 1 continuam divididas sobre a complicada questão dos custos extras para corridas sprint neste ano, com o novo limite de orçamento agora sendo tema para o debate.

O plano de experimentar esse novo formato de corrida aos sábados em três eventos nesta temporada - Silverstone, Monza e Interlagos - vem avançando em uma tentativa de ver se é algo que pode se tornar mais regular no futuro.

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De acordo com os projetos, uma sessão de classificação normal terá lugar na sexta-feira de um fim de semana do GP, com uma corrida de 100 km de classificação no sábado definindo o grid para o evento principal de domingo.

A corrida sprint também oferece um menor número de pontos, sendo três para o vencedor, dois para o segundo colocado e um para o terceiro.

Muitos dos detalhes desse novo modelo já foram amplamente acordados pelas equipes, com o assunto definido para ser colocado em votação formal antes do início da temporada no Bahrein, no final deste mês.

No entanto, uma das questões finais que ainda está em pauta são as possíveis consequências financeiras que os times podem enfrentar devido ao aumento da probabilidade de haver danos no carro por causa de uma corrida extra em um final de semana de corrida.

A chance adicional de danificar a asa dianteira na primeira volta ou de outros componentes serem quebrados em acidentes pode ter consequências financeiras ao longo da temporada se mais peças forem necessárias.

Discussões têm sido realizadas entre as equipes e os chefes da F1 sobre como levar adiante o plano de corrida de sprint, mas os detalhes em torno dos custos potencialmente adicionais ainda não foram resolvidos para a satisfação de todos.

Um pagamento extra do FOM para cobrir custos adicionais específicos da corrida sprint foi oferecido às equipes, com essa receita sendo adicionada ao limite de custo atual.

No entanto, fontes sugerem estão pressionando para que o pagamento seja drasticamente mais alto. Algumas empresas até sugeriram que o limite orçamentário atual da categoria seja aumentado em mais de três vezes (aproximadamente R$ 5 milhões extra) para cobrir as despesas adicionais provenientes do novo formato de corrida.

Essa ideia não recebeu apoio unanime, especialmente dos times que estão bem abaixo do limite de custo. Eles acreditam que o valor de R$ 5 milhões é bem mais do que uma despesa extra realista.

Também existem preocupações de que a margem extra no limite orçamentário para a escala de R$ 5 milhões possa acabar sendo usada por equipes maiores para permitir mais gastos em ganhos de desempenho.

Uma contraproposta sugerida em uma reunião recente é que as escuderias recebam um pagamento específico com base nos danos reais do carro que podem ser calculados após as corridas - semelhante em alguns aspectos a um pagamento de seguro.

Isso garantiria que as coisas fossem mais justas para todas as equipes em termos de custos de danos, além de assegurar que nenhuma equipe maior pudesse explorar os limites de gastos.

A falta de consenso até agora sobre a questão dos gastos significa que uma votação sobre o assunto pode estar bem posicionada, especialmente com a F1 precisando de 28 votos dos 30 na Comissão de F1. A F1 e o órgão regulador da FIA têm 10 votos cada, enquanto as equipes têm um voto cada.

Embora os detalhes da questão financeira ainda precisem ser resolvidos, parece quase certo que o teste da corrida sprint ocorrerá de uma forma ou de outra.

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, cuja equipe era anteriormente fortemente contra a ideia de grid invertido no sábado, disse que apoia a ideia dos testes este ano.

“Acho que devemos tentar e ser realmente honestos com nós mesmos”, disse Wolff.

“Qual foi o impacto financeiro, o impacto que conseguimos gerar e qual é o fator show? Como disse Christian (Horner), existem muitos prós e contras."

“Se todos nós colocarmos nossas cabeças juntas, então podemos encontrar uma solução que é de benefício mútuo. F1 é o que fazemos juntos e precisamos entreter as pessoas", concluiu.

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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