F1: Corridas classificatórias devem flexibilizar teto orçamentário em até R$3,3 milhões
Flexibilização do teto foi um pedido das equipes de maior orçamento para lidar com os possíveis gastos extras com acidentes através do novo formato
A Fórmula 1 está próxima de oficializar a introdução dos testes das corridas classificatórias para a temporada de 2021. E o último empecilho enfrentado pela categoria para a aprovação do projeto, já foi superado: a compensação financeira pelas provas extras e seu impacto no teto orçamentário.
Para este ano, o teto foi calculado em 145 milhões de dólares (R$810 milhões), mas o orçamento não contava com a introdução de três corridas classificatórias, de curta duração, nos GPs em Silverstone, Monza e Interlagos, e as equipes pediam à F1 uma compensação e uma flexibilização, prevendo quaisquer tipo de problemas, como acidentes.
As equipes da ponta, Mercedes, Red Bull e Ferrari, eram as que mais pediam essa flexibilização, já que tiveram que mexer em toda a sua estrutura para operar dentro do limite, já que a introdução de três novas corridas aumenta naturalmente os gastos para todo o grid.
Por outro lado, as equipes pequenas também pediam a compensação financeira, mas eram contra a flexibilização do teto, por temer que as rivais poderiam usar esse valor extra em busca de mais performance, ajudando a manter a diferença ao longo do grid.
Mas, conforme noticiado pelo Motorsport.com no início de abril, esse empecilho foi superado após a F1 apresentar uma proposta financeira aprovada por unanimidade, e agora começam a surgir os valores propostos pela categoria.
Segundo divulgado pelo portal RaceFans, cada equipe receberá um pagamento de 75 mil dólares (R$420 mil) por corrida classificatória, visando cobrir o custo de participação.
E pensando na possibilidade de danos por acidente, cada equipe que sofrer problemas significativos poderá gastar até 200 mil dólares (R$1,1 milhão) por corrida além do teto orçamentário, totalizando 600 mil dólares (R$3,3 milhões).
Mas, para viabilizar esse gasto extra, as equipes terão que comprovar que o carro teve que parar nos boxes ou abandonar devido a danos causados dentro da corrida.
A proposta deve ser votada na próxima semana, durante a reunião da Comissão da F1 e, posteriormente, sancionada pelo Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA.
O modelo consiste em uma mudança no formato tradicional de fim de semana, com a classificação passando para a sexta-feira em três ocasiões, nos GPs da Grã-Bretanha, Itália e São Paulo. O resultado desta sessão forma o grid de largada para a corrida classificatória do sábado.
Essa prova terá duração de 100 quilômetros, ou seja, um terço de um GP tradicional, e seu resultado formará o grid de largada para a prova do domingo.
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