F1: Hamilton aconselhado a não tomar 'decisão rápida' como Alonso
“Ele (Lewis) não deveria tomar uma decisão repentina como Fernando. Você tem que confiar na equipe"
Em meio à má fase da Mercedes no começo da Fórmula 1 2023, especula-se a possibilidade de Lewis Hamilton deixar o time anglo-germânico, com o nome do britânico sendo recentemente especulado na Ferrari -- o inglês poderia trocar de assentos com o monegasco Charles Leclerc.
Entretanto, o heptacampeão mundial foi 'aconselhado' a não se precipitar em uma eventual decisão de trocar de equipe, como fez recentemente o espanhol Fernando Alonso, bicampeão da F1 e rival de Hamilton que foi para a Aston Martin para a atual temporada, deixando a Alpine.
A 'dica' é do também britânico Anthony Davidson, piloto e comentarista da categoria máxima do automobilismo na Sky Sports. O comentário do analista, que também trabalha para a Mercedes nos simuladores da escuderia comandada por Toto Wolff, vem após Hamilton se destacar em Melbourne.
#38 JOTA Oreca 07: Anthony Davidson
Photo by: JEP / Motorsport Images
Nesta transição de quinta para sexta-feira no Brasil, que está 14 horas atrás do fuso australiano, Lewis brilhou no primeiro treino livre para o GP da Austrália, terminando a sessão prática inaugural na pista de Albert Park atrás do holandês Max Verstappen, que lidera o campeonato com a Red Bull.
"Eu ficaria muito surpreso se ele escolhesse outro [time... Ele está em uma idade em que tem que pensar no que fará pelo resto de sua vida. Ele poderia ser um embaixador da Mercedes por toda a vida", afirmou Davidson no Evening Standard.
"Eu ficaria mais surpreso se ele fosse para outro time do que no caso de ele se aposentar. Mas ele é bastante convincente ao dizer que vai ficar aqui até o oitavo título. O time deu muito a ele e se alguém pode dar algo a ele na F1 é a Mercedes."
“Ele não deveria tomar uma decisão repentina como Fernando Alonso, que não conseguiu fazer isso (acertar a troca de escuderia para ganhar um título) nem uma vez. Você tem que confiar na equipe", seguiu Davidson, referindo-se a movimentações de mercado feitas pelo espanhol no passado.
Fernando Alonso, Aston Martin F1
Photo by: Motorsport Images
Ainda que Alonso aparentemente tenha acertado na troca da Alpine pela Aston, o piloto deixou a antiga Renault no fim de 2006, quando era o então bicampeão consecutivo da F1, para tentar o tri pela McLaren em 2007, mas teve atritos com o próprio Hamilton, voltando à Renault para 2008/09.
O título de 2007 acabou com o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. Depois, Fernando tentou a sorte no próprio time de Maranello, de 2010 a 2014, mas não conseguiu levantar a taça pela escuderia italiana. A próxima empreitada foi na McLaren, de 2015 a 2018, mas sem sucesso.
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