F1: Para Wolff, não há solução melhor que punição de grid para troca de motores

Chefe da Mercedes acredita que outras sugestões ventiladas permitiram às equipes manipular a realidade a seu favor

Lewis Hamilton, Mercedes W13

Foto de: Alessio Morgese

A questão da perda de posições no grid pela troca de motores na Fórmula 1 sempre deu o que falar, voltando à tona nas últimas corridas da temporada 2022. Mas para Toto Wolff, chefe da Mercedes, apesar das críticas, a punição de grid é um mal necessário, não havendo uma alternativa melhor que não seria manipulada pelas equipes.

No GP da Itália, nove pilotos foram penalizados por vários motivos, desde a troca de componentes da unidade de potência, caixas de câmbio extras ou reprimendas em excesso. Mas isso criou uma confusão, deixando pilotos, equipes e fãs no escuro por horas após a classificação sobre como ficaria o grid de largada em meio a tantas punições.

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Isso criou situações engraçadas, como o piloto da AlphaTauri, Pierre Gasly, indo às redes sociais no sábado perguntar se alguém sabia em qual posição ele largaria na corrida:

 

A situação também levou a novos pedidos para que o sistema seja repensado, evitando as punições de grid. Mas Wolff, que teve Lewis Hamilton largando de 19º devido a um novo motor, não vê melhor saída do que essa.

"Precisamos lembrar porque temos isso", disse. "No lado do chassi, temos o teto, que não havia antes. Do lado dos motores, ainda não temos um teto de gastos. Se não tivermos punições de grid, teremos motores de classificação. E não cinco deles, mas 20! As grandes equipes e as montadoras gastariam o quanto quiserem para ter uma vantagem".

"Então é por isso que é preciso ter um certo fator que limita e evita isso. Então é disso que vem o que temos hoje. Agora, isso ficou complicado demais? Com certeza".

 

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Uma sugestão que foi ventilada no passado seria a troca da punições de grid pela redução nos pontos do Mundial de Construtores, o que deixa Wolff cético. Ele reconhece que, se as equipes começarem a perder pontos, isso abriria a porta para uma sacrificar o Mundial de Construtores em busca de motores poderosos, ajudando o piloto a vencer o título.

"Um lado negativo é que o Mundial de Pilotos é o que vale, e você simplesmente jogaria motores no carro, aceitando as deduções nos Construtores, mas vencendo com um piloto que recebe um motor novo a cada corrida".

Mas Wolff admite que o número excessivo de trocas que as equipes foram forçadas a fazer neste ano deveriam ser suficientes para abrir o debate sobre o limite de três motores por piloto por ano. Só que ele afirma que, independente do limite dado, as equipes sempre levarão as coisas para o limite ou além, buscando maximizar oportunidades.

"Acho que precisamos reconsiderar que, quando o teto de motor for instaurado, tudo isso [punições excessivas] vai acabar. Mas ainda não queremos uma guerra aberta sobre motores. Independente da liberdade que nos derem, sempre vamos buscar isso e mais estrategicamente, porque são apenas cinco ou dez posições".

"Vamos gastar um motor a cada corrida porque ele será três décimos mais rápido que o anterior. Então é preciso ter uma limitação".

Podcast #195 - Fantasma de Abu Dhabi assombra Monza: o que mudar na F1?

 

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