F1 - Wolff alerta Red Bull sobre atraso em desenvolvimento: "Podem ser dois segundos mais lentos em 2022"
Chefe da Red Bull tratou com ceticismo anúncio de que Mercedes não desenvolverá mais carro de 2021
Enquanto o anúncio de Toto Wolff, de que a Mercedes não seguirá mais desenvolvendo o carro de 2021, pode ter jogado um banho de água fria naqueles que esperam uma luta intensa até o fim contra a Red Bull pelo título da Fórmula 1, o dirigente da equipe alemã mandou um alerta aos rivais: se demorarem a focar no carro de 2022, eles podem começar a nova era atrás.
Em meio a uma boa disputa entre Lewis Hamilton e Max Verstappen na pista, com Valtteri Bottas e Sergio Pérez surgindo como importantes coadjuvantes, fora das pistas, a situação entre Mercedes e Red Bull é bem mais intensa, com os chefes das equipes trocando farpas a todos os momentos.
No GP da Estíria, Verstappen confirmou o favoritismo e venceu com autoridade, aumentando ainda mais sua vantagem no Mundial de Pilotos. E vendo a situação de 2021 se azedar, a Mercedes deu um passo atrás, revelando que não tem mais condições de investir no carro deste ano para não correr o risco de começar 2022 atrás das rivais.
O chefe da Mercedes explicou os motivos para esta mudança: "Sabíamos que esse dia chegaria e agora ele está aqui, mas não é porque estamos atrás, seguimos na luta pelos campeonatos. Mesmo assim, todos estão chocados que não seguiremos lutando até a última prova", disse Wolff ao jornal holandês De Telegraaf.
Christian Horner, chefe da Red Bull, tratou com ceticismo o anúncio de Wolff, e afirmou que sua equipe seguirá "girando o parafuso, fazendo o que estamos fazendo". Mas em declaração à publicação alemã Auto Motor und Sport, o dirigente da Mercedes mandou um alerta ao colega de paddock.
"Falamos com os pilotos e encontramos uma abordagem racional. Possíveis atualizações não nos trariam tanto quanto nos custariam no próximo ano. Estamos 100% centrados em 2022".
"Quanto mais a Red Bull desenvolver agora, a diferença será maior, então lutamos sabendo da existência desse déficit. Mas a Red Bull não pode seguir introduzindo novas peças até setembro. Do contrário, ficarão dois segundos atrás no próximo ano".
O comentário de Wolff possui correspondência em momentos importantes da história da F1. Em 2008, Ferrari e McLaren lutaram até o fim pelos títulos da temporada, que ficaram com Lewis Hamilton e a equipe italiana.
Ambas atrasaram o máximo possível o desenvolvimento do carro de 2009, quando a F1 passaria por uma importante mudança de regulamento e acabaram com temporadas bem abaixo da média.
A McLaren obteve apenas duas vitórias, ambas com Hamilton nos GPs da Hungria e de Singapura, enquanto a Ferrari triunfou apenas uma vez, com Kimi Raikkonen na Bélgica, mas não estiveram nada próximas da luta pelo Mundial naquele ano, terminando com 100 pontos a menos que a Brawn, campeã de 2009.
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