Felipe Nasr busca vaga de terceiro piloto na F-1 em 2014
Terceiro colocado na GP2 com uma etapa para o final, brasiliense não considera permanecer mais um ano na categoria
Único representante brasileiro na principal categoria de acesso à Fórmula 1, a GP2, Felipe Nasr briga por uma vaga de terceiro piloto para a temporada que vem. O projeto do brasiliense de 21 anos é chegar a um acordo que permita andar nos treinos livres de sexta-feira, ganhando experiência na Fórmula 1 antes de assumir um posto como titular.
Permanecer mais um ano na GP2 não seria uma opção para seu staff no momento. Como revelou ao TotalRace em entrevista exclusiva Amir Nasr, seu tio e mentor , mesmo sem o título, nunca houve a expectativa de ficar muitos anos na categoria. “Seriam dois anos de GP2 e o objetivo para este segundo é o de brigar pelo campeonato. O título depende de muitos fatores”, disse. Para as pessoas que cercam o piloto, Nasr não teria muito o que aprender em uma terceira temporada na categoria de base e precisaria acumular experiência trabalhando dentro de uma equipe de Fórmula 1.
Atualmente, o piloto está em terceiro no campeonato, a 31 pontos do líder Fábio Leimer e com 48 pontos em jogo com uma etapa para o final, em Abu Dhabi. Apesar das possibilidades matemáticas, o crescimento de Leimer e Bird nas últimas provas torna improvável uma virada.
Mesmo sem o título, o piloto conta com alguns pontos a seu favor. Nasr sempre teve patrocinadores fortes e que demonstraram interesse em um negócio a longo prazo. Além disso, o próprio promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, reconheceu que a manutenção de brasileiros no grid é comercialmente interessante para a categoria e citou justamente a possibilidade de Felipe se tornar terceiro piloto no próximo ano. "Será difícil assinar como titular em 2014. Nesse instante me vejo mais como terceiro piloto, assumindo o carro no treino livre da sexta-feira de manhã e em alguns dos testes privados", declarou ao Estado de S. Paulo.
Apesar de poucas equipes terem confirmado suas duplas para a próxima temporada, as possibilidades reais de Nasr fechar como titular em times médios seria muito pequena, e seu staff avalia que é mais positivo ocupar o papel de terceiro piloto do que ser titular nas equipes nanicas.
O histórico recente de novatos que se firmaram na Fórmula 1 comprova esta tese. Nomes como Paul Di Resta, Nico Hulkenberg e Valtteri Bottas – que chegaram à Fórmula 1 com alguns patrocínios, mas sem cacife para comprar uma vaga em times pequenos – ganharam experiência andando às sextas-feiras e acabaram sendo efetivados em Force India e Williams, respectivamente.
Por outro lado, pilotos como Lucas Di Grasi, Jerome D’Ambrosio e Karun Chandhok, que optaram por iniciar suas carreiras por times nanicos, acabaram ficando pelo caminho. Nasr também não considera ser terceiro piloto de times que não costumam dar chance de treino aos reservas, algo que acontece nas equipes maiores, que sempre dão preferência a andar com os titulares, realidade vivida pelo atual campeão da GP2, Davide Valsecchi, que não correu pela Lotus neste ano em sessões oficiais.
Além de Nasr, Felipe Massa é o único piloto brasileiro com chances reais de estar na Fórmula 1 na próxima temporada.
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