"Fernando Alonso é o mais completo", diz Emerson Fittipaldi
Bicampeão do mundo fala sobre o seu piloto preferido, as confusões acerca do calendário da F-1 e elogia o trabalho da Índia
Em Montreal, no último domingo, Emerson Fittipaldi teve muito trabalho como comissário da mais longa corrida da história da Fórmula 1. Houve uma bandeira vermelha interminável, seis intervenções do Safety Car e diversos incidentes com necessidade de julgamento (Hamilton x Webber, Hamilton x Button, Alonso x Button, entre outros).
Antes da corrida, sem a pressão que a tarefa exigia, o bicampeão do mundo falou com exclusividade ao TotalRace. Se liderasse uma equipe de F-1 em vez de ser comissário, Emerson elegeria um piloto certo para o seu time. "Eu chamaria o Fernando Alonso. Para mim, é o piloto mais completo que tem na F-1. Ele já mostrou, quando estava na Renault, que carrega o carro nas costas. E, além disso, não erra. Poucas vezes o vi errar".
No papel de uma das lendas do esporte, Emerson Fittipaldi avalia os rumos da F-1 atual, com mandos e desmandos das entidades que controlam a categoria no âmbito esportivo e comercial. Os anúncios do retorno do Bahrein ao calendário, além de um pré-calendário para 2012 com 21 provas, prontamente criticado após a divulgação pelos próprios homens que conduzem o esporte, demonstraram confusão entre FIA e FOM.
"Eu acho que a situação política do Oriente Médio e a pista na Índia, que está no limite para terminar, são circunstâncias de difícil confirmação antes de elas se concretizarem realmente. Por isso, acho que o calendário tem de ter uma flexibilidade".
No papel de jornalista, função exercida por seu pai, Wilson "Barão" Fittipaldi, uma lenda da imprensa brasileira, Emerson informa quais são as últimas novidades da pista que estreará na F-1, em 30 de outubro. "Eu vi as fotos do novo circuito na Índia. É espetacular. Espetacular mesmo. Mas é um trabalho absurdo, acho que 12 mil homens trabalhando todo dia, um negócio monumental. Parece que estão atrasados, mas vão terminar", fala Fittipaldi.
Sobre o inchaço do calendário em 2012, com 21 corridas, Emerson também opina: "eu acho que uma corrida a mais por ano é bom, mas tem de ter um limite. Na minha opinião, 20 ou 21 provas já está no limitaço", finaliza.
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