Ferrari e Shell trabalharam em conjunto para compactar chassi de 2019
Fornecedora de combustível da escuderia revela que participou do projeto do SF90 para trazer ganhos de desempenho ao novo carro
A Shell, fornecedora de combustível da Ferrari, diz que uma nova abordagem para envolvê-la mais de perto na finalização do chassi do SF90 deve render ganhos de desempenho em 2019. As duas empresas trabalham em parceria há décadas e a petrolífera revelou que participa ativamente do projeto do carro deste ano para garantir que a escuderia tenha o chassi mais compacto possível.
Qualquer ganho que a Ferrari possa ter com um tanque de combustível menor e mais compactado na parte traseira pode trazer benefícios diretos em termos de peso e aerodinâmica. Quem explica é Benoit Poulet, gerente de desenvolvimento de combustível da Shell na F1, que falou ao Motorsport.com.
“Com o fluxo de combustível sendo o mesmo, a estrutura foi mantida, mas a integração com o chassi aumentou desde o ano passado e estamos integrando mais aspectos do chassi para obter desempenho extra para o carro”.
A iniciativa da Ferrari e da Shell de fornecer um chassi mais compacto surge no contexto de um aumento no limite de combustível para 2019, que saltou de 105 kg para 110 kg por corrida. Segundo Poulet, as novas regras não afetaram diretamente sua abordagem. “Estamos construindo essa troca entre o desempenho do motor e a eficiência do motor”, disse.
“Tivemos essa conversa seis meses atrás em relação ao design do chassi. Haverá algumas corridas em que [a nova medida de combustível] poderá nos beneficiar mais, mas a questão não é essa. Temos trabalhado muito duro com a Ferrari para ter um motor realmente eficiente. Então pudemos realmente antecipar o desempenho”.
"Se tiverem um desempenho similar, nós favoreceríamos o combustível com uma densidade mais alta porque, como tudo é baseado em quilogramas, isso significaria menor volume, então você pode deixar seu carro mais leve".
Poulet não acredita que o novo regulamento de combustível levará a uma abordagem radicalmente diferente das equipes: "O que é realmente importante no desenvolvimento é a taxa de fluxo de combustível, e esse valor não foi alterado”.
“Ainda temos o objetivo técnico compartilhado, que é a eficiência. Temos trabalhado para obter o combustível e o motor mais eficientes juntos. Então o salto para 110kg é o que eu chamaria de apenas uma liberdade adicional do aspecto operacional do carro".
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