FIA descarta “regra Max Verstappen” para a F1 em 2017
Diretor de provas da F1, Charlie Whiting quer dar maior liberdade aos pilotos e desenvolve sistema para que comissários decidam punições com mais rapidez
A FIA descartou a “regra Max Verstappen”, que regulamenta o comportamento dos pilotos nas zonas de frenagem, como parte de suas tentativas de permitir maior liberdade em disputas para a temporada de 2017 da F1.
Na fase final do campeonato do ano passado, a entidade estabeleceu regras para as disputas roda a roda como consequência às reclamações feitas a respeito da forma com que Max Verstappen movia sua trajetória nas frenagens para defender posição.
As mudanças fizeram com que Sebastian Vettel fosse punido por sua disputa com Daniel Ricciardo no GP do México de 2016. Contudo, durante as férias da F1, a FIA esclareceu que quer dar mais liberdade para que os pilotos possam lutar entre si.
“Alguns dos incidentes que vimos no ano passado poderiam ter sido abordados de maneira levemente diferente, simplesmente porque a chamada ‘regra Verstappen’ se foi”, revelou o diretor de provas da F1, Charlie Whiting.
“Antes, dizíamos que qualquer mudança de trajetória durante as freadas seriam investigadas. Agora, temos uma regra simples que diz que, se um piloto se mover de forma errática, ir desnecessariamente devagar ou se comportar de forma que possa colocar um concorrente em perigo, aí sim ele será investigado.”
“Então, a regra é muito mais ampla agora. A forma com que interpretávamos as regras no ano passado era para simplesmente dizer que, se um piloto se movesse durante as freadas, teríamos que reportar aos comissários, porque as regras pediam isso.”
“Agora, cada incidente será analisado dependendo se a manobra em questão foi perigosa ou não, e não necessariamente porque houve mudança na trajetória durante a freada.”
Whiting afirmou que simplificar as regras era desejo das equipes, e a FIA está trabalhando de perto com os comissários antes da abertura da temporada.
A fim de aumentar a consistência das decisões, um vídeo com incidentes importantes foi disponibilizado aos comissários para questões que exijam soluções rápidas.
“Este foi um pedido das equipes. Eles querem menos investigações, com ações apenas em casos em que houve claramente perigo. Tivemos uma reunião ontem [quarta-feira] com todos os comissários, onde revisamos todos os incidentes controversos do ano passado para ver como seriam as decisões nas chamadas novas regras. Não vou entrar em detalhes agora, mas foi bastante interessante. Houve casos em que as coisas seriam lidadas de forma diferente.”
“O que fizemos para ajudar foi introduzir um arquivo de vídeo, que permite que eles instantaneamente consultem outros incidentes de natureza parecida. Então, em vez de tentar lembrar o que aconteceu para fazer isso ou aquilo, eles poderão consultar qualquer incidente parecido.”
“Eles estarão listados pelo tipo de incidente. Por exemplo, ‘causou uma colisão’. Clique, clique, acha seis acidentes como esse, veja quais foram as decisões tomadas. Isso deve dar aos comissários não só a chance de ser mais consistentes, mas também de ser mais rápidos.”
Apesar das mudanças, Whiting esclareceu que as regras que permitem que os pilotos façam apenas uma mudança de trajetória na defesa de posição seguem em vigor.
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