Há 25 anos, prisão promovia estreia de Schumacher na F1

Alemão, que se tornaria o maior vencedor da história da F1, teve estreia regada a mentira e abandono na primeira volta, em prova que teve Senna e Piquet no pódio pela primeira vez

No dia 25 de agosto de 1991, Michael Schumacher estreava na Fórmula 1 no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica. O alemão, que se tornaria o maior vencedor da história da categoria, teve seu debute com histórias que envolvem prisão e uma mentira, além de um resultado final ruim em prova feliz para o automobilismo brasileiro.

Schumacher conseguiu a vaga na Jordan após o titular do assento, Bertrand Gachot, se envolver em uma briga de trânsito em Londres e ir parar na cadeia. Ele atirou spray de gás lacrimogêneo em um taxista na capital inglesa antes de ir para uma reunião que poderia dar um patrocínio ao piloto.

O empresário de Schumacher na época, Willi Weber, conseguiu convencer Eddie Jordan a colocar o jovem piloto de 22 anos, tendo como um dos argumentos de que o alemão era especialista na pista belga.

O futuro heptacampeão nunca havia corrido em um F1 e muito menos em Spa. Dias antes da estreia, ele tomou conhecimento de um F1, em Silverstone.

Mesmo assim, nos treinos, Schumacher conseguiu a sétima melhor marca, impressionando os presentes, levando em consideração a pouca experiência da jovem promessa.

Mas o destino quis que Schumi não completasse sequer a primeira volta, com problemas na embreagem na Eau Rouge, abandonando a prova.

Ayrton Senna foi o vencedor, com Gerhard Berger em segundo e Nelson Piquet em terceiro. Além da ida de dois brasileiros ao pódio belga - a última vez com Senna e Piquet - Roberto Moreno chegou na quarta colocação. O outro representante do país na prova de Spa, Mauricio Gugelmin, teve problemas no motor logo após Schumacher abandonar.

Na etapa seguinte, em Monza, Schumacher voltaria às pistas mas defendendo outras cores, as da Benetton, na qual iniciaria efetivamente sua trajetória na F1 de tanto sucesso.