Maldonado alega mal entendido e diz que não corre riscos: "Contrato é com a PDVSA"
Piloto defendeu decisão do governo de cortar com o automobilismo, pois "pilotos teriam roubado dinheiro"
Segundo o piloto da Lotus, o apoio que recebe é através da PDVSA e não do ministério dos esportes. Maldonado também afirmou que a decisão do governo de cortar os gastos com automobilismo é justa, já que pilotos que participavam de programas de incentivos acabaram roubando o dinheiro investido.
“Houve um mal entendido muito grande nos meios de comunicação, já que a PDVSA não deu nenhum comunicado, nem falou nada. Quem fez o comunicado foi o ministro de esporte, que disse que vai cortar o patrocínio do esporte a motor, o que já se sabia. E não é que vai cortar, já está cortado desde o ano passado, pois, pela história que sabemos, alguns pilotos roubaram dinheiro do ministério de esporte e divisas da Venezuela para correr. Por isso os programas profissionais e não profissionais foram cancelados e com muita razão. Como podemos esperar que o governo siga confiando nesse esporte, quando a maioria dos pilotos roubaram a nação?”, disse Maldonado ao TotalRace.
O piloto lamentou a decisão, mas retificou que achou correta. “Não é algo positivo para o esporte, nem para o país, deixar de ter um apoio que foi dado com muita humildade. É uma decisão dura para o esporte, mas necessária”, argumentou.
Sobre a sua situação, o piloto disse que se deve perguntar à PDVSA e à Lotus. “É difícil saber o que vai acontecer porque, primeiro a PDVSA não falou nada e, segundo, eu sou um piloto que não tenho um apoio pessoal, o patrocínio é para a equipe. Então, há que se perguntar à equipe e à PDVSA o que será feito. Eu tenho um contrato, graças a Deus, então creio que nosso acordo é mais profundo que um ano e não está limitado à F1”, declarou. “Então acho que foi um mal entendido da imprensa, que interpretou mal uma notícia que veio da Venezuela”, completou.
[publicidade] O piloto também disse não acreditar que a onda de manifestações na Venezuela contribuíram para a decisão do ministro. “O que eu posso dizer das manifestações na Venezuela? Estou o ano todo fora, no avião, viajando, então não tenho o que falar sobre as manifestações. A única coisa que influenciou nesta decisão do ministério foram os pilotos que roubaram o dinheiro do patrocínio. As manifestações são por outras coisas e não pelo esporte”, opinou Pastor, que dentro da pista espera pontuar pela primeira vez no ano, agora em Mônaco.
“Esperamos um fim de semana competitivo e sólido. Acho que podemos conseguir um grande resultado aqui. Isso é o que eu espero. Ter feito o melhor tempo em Barcelona (nos testes da semana passada) não foi importante, pois, nos testes, o tempo nunca é visto como fundamental. Mas foi um dos momentos mais importantes da temporada pelo grande número de voltas que demos, sendo sempre rápidos e consistentes. Passamos por diferentes compostos de pneus e o carro se mostrou sempre bem equilibrado com as peças novas que estamos provando nesse momento. Creio que há muitos dados a se analisar na fábrica para fazer alguns retoques e continuar progredindo”, disse o piloto.
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