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Massa desvaloriza marca frente a Alonso e foca na corrida

Brasileiro pode ser primeiro companheiro a derrotar espanhol 5 vezes seguidas, mas prefere chegar na frente no domingo

Felipe Massa é apenas o terceiro companheiro de equipe de Fernando Alonso a bater o bicampeão em quatro classificações seguidas. E, a partir das 3h da madrugada deste sábado, no treino classificatório para o GP da China, pode ser o primeiro a aumentar essa conta.

Entretanto, o brasileiro evita valorizar o feito e foca na necessidade de chegar na frente do espanhol – e de todos os outros rivais – domingo. “O importante é ser competitivo, não apenas em classificação, mas também em corrida, que é o mais fundamental”, repete quando questionado sobre o assunto, como um mantra.

De fato, foi em Xangai a última vez que o brasileiro chegou à frente de Alonso em uma corrida, no GP da China de 2011. Ano passado, andou por boa parte da prova lutando pelo pódio, até ficar sem pneus e acabar fora dos pontos. Por isso, mesmo que tenha começado o final de semana feliz com o carro e liderando os treinos de sexta-feira, o piloto sabe que tem muito trabalho pela frente. “Aqui, o pneu macio é muito mais rápido que o médio em classificação, a diferença é bem grande. O problema é que ele desgasta demais para a corrida, então vai ser uma prova tática.”

Melhora contínua

Na Fórmula 1, é comum ouvir que o companheiro de equipe é seu maior rival. E Felipe Massa tem, pelo quarto ano seguido, o osso mais duro de roer do grid atual ao seu lado. Fernando Alonso costuma se vangloriar por nunca ter marcado menos pontos que um companheiro de equipe – foi batido por Hamilton nos critérios de desempate, em 2007 – e, antes do brasileiro, só fora superado em quatro classificações seguidas por Jarno Trulli (em 2003 e 2004) e pelo próprio Hamilton.

Companheiros que superaram Alonso 4 vezes seguidas em classificação:

Jarno Trulli

2003

Renault

Entre GPs da Europa e  da Alemanha

Jarno Trulli

2004

Renault

Entre GPs da Espanha e Canadá

Lewis Hamilton

2007

McLaren

Entre GPs do Canadá e Grã-Bretanha

Felipe Massa

2012-2013

Ferrari

Entre GPs dos EUA e da Malásia

A sequência atual de Massa vem desde as últimas duas corridas do ano passado. No GP dos Estados Unidos, acabou largando atrás do espanhol, após intervenção da Ferrari para que perdesse posições na largada e beneficiasse o companheiro, que disputava o título com Sebastian Vettel.

Alonso foi irônico ao responder às perguntas sobre o tema, dizendo que vive “um grande drama” com a situação. O espanhol salientou as condições difíceis nas quais as últimas classificações foram disputadas. “Uma foi na Austrália, com pneus de seco e asfalto molhado, e outra na Malásia, com pneus intermediários e a pista quase seca.”

Mas é fato que o rendimento de Massa vem melhorando desde a segunda metade de 2012. Nas 11 provas do GP da Bélgica até aqui, o brasileiro marcou 119 pontos. Nos 11 GPs anteriores, havia somado apenas 25.

“Tem um trabalho acontecendo desde agosto do ano passado – até antes disso, pois houve corridas em que estive bem, mas nas quais o resultado não aconteceu por falta de sorte”, lembra o piloto da Ferrari. “Compreendemos o que fazer com o carro e isso mostra que, se eu tiver o carro que quero, consigo ser competitivo, como sempre mostrei na minha carreira.”

Massa x companheiros (em classificação)

2002

Sauber

Heidfeld

5 x 12

2004

Sauber

Fisichella

7 x 11

2005

Sauber

Villeneuve

11 x 8

2006

Ferrari

Schumacher

5 x 13

2007

Ferrari

Raikkonen

9 x 8

2008

Ferrari

Raikkonen

12 x 6

2009

Ferrari

Raikkonen

4 x 5

2010

Ferrari

Alonso

4 x 15

2011

Ferrari

Alonso

4 x 15

2012

Ferrari

Alonso

3 x 17

2013

Ferrari

Alonso

2 x 0

Ver Massa superando um campeão do mundo em classificações não é novidade. O brasileiro foi melhor que Kimi Raikkonen somando as duas temporadas e meia em que correram juntos na Ferrari, de 2007 a 2009. E também bateu Jacques Villeneuve na época de Sauber. Porém, nos últimos três anos, não vinha se encontrando.

“Houve alguns anos em que as coisas não aconteceram, mas estou feliz com o carro que estou guiando – até em condições difíceis, mostrei um bom trabalho. O astral, tendo o carro na mão e estando competitivo, é alto. Isso e os resultados me ajudaram a colocar a cabeça no lugar e a voltar a ser como sempre fui.”

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