Nelsinho diz que poderia correr facilmente na F-1 se levasse dinheiro
Brasileiro comentou que não acredita muito em Kimi Raikkonen e aponta fase perfeita para Romain Grosjean
Distante da Fórmula 1 desde 2009, Nelsinho Piquet afirmou que Romain Grosjean está dando muita sorte na categoria e que, se quisesse, conseguiria facilmente uma vaga em equipes medianas como na Toro Rosso, por exemplo.
Nelsinho também não colocou muita fé na volta de Kimi Raikkonen. Para o brasileiro que atualmente corre na Nascar e no fim de semana passado venceu a corrida de Bristol da K&N Series East, o finlandês não oferece tanta dificuldade para Grosjean como ele próprio vê na mídia e na ‘boca do povo’.
“Não me surpreende o Romain [Grosjean] ter ficado na frente do Kimi [Raikkonen]”, disse Piquet à Jovem Pan comparando a classificação para o GP da Austrália em que Grosjean foi o 3º e Raikkonen o 17º.
“Para o Kimi, por mais que ele tenha sido campeão do mundo, ter ficado parado todo esse tempo não é fácil. Eu sempre falei antes do campeonato que o Romain vai andar na frente dele pelo menos na primeira metade do campeonato. Depois, se ele se esforçar e se realmente voltar à forma, se a equipe der um pouco mais de preferência para ele, aí sim pode haver uma mudança”, falou Nelsinho, que ainda completou:
“Acho que o Romain pegou a hora certa para ele. Pegou um carro muito bom e tem um companheiro de equipe que todo mundo acha que é muito bom, pois já foi campeão. Eu acho ele um piloto bom, mas não é um dos melhores comparado com um Alonso ou um Rosberg da vida.”
Nelsinho também apontou que, quando fez sua estreia na Fórmula 1, a situação era completamente inversa da que Grosjean vive hoje. Só para recordar, Piquet Jr. deu seus primeiros passos na categoria pela Renault em 2008 e era companheiro de equipe de Fernando Alonso.
“Eu entrei em uma posição difícil. Junto com o Alonso e em um ano com muito pouco treino. E eu fiquei aquele ano parado, praticamente não testei, pois o Kovalainen e o Fisichela queriam sempre treinar para um ser melhor do que o outro na pista. Era a hora errada.”
E mesmo estando feliz na Nascar, Piquet já se perguntou muitas vezes se aquele caminho era o certo. E segundo ele, se quisesse mesmo voltar à Fórmula 1, já o teria feito.
“Eu poderia ter muito bem comprado minha segunda chance na Toro Rosso, ou algo assim. Mas eu vim para os Estados Unidos e investi em minha careira aqui”, revelou. “ O Grosjean conseguiu aquela vaga porque teve um patrocinador francês que colocou seis milhões de euros atrás dele. O Bruno [Senna] tentou entrar ali com muito mais dinheiro e não conseguiu. Quando você diz segunda chance não é assim: 'Ah, vamos recontratar ele'. Não é assim. Foi um pouco de interesse de marketing, pois foi uma empresa francesa que colocou o dinheiro atrás dele e ele conseguiu a vaga. Eu conseguiria entrar com muita facilidade na Fórmula 1 levando um patrocinador igual ao que os outros pilotos estão fazendo hoje em dia, mas não era o que eu queria”, explicou Nelsinho, que saiu da Fórmula 1 após o GP da Hungria de 2009, sendo substituído pelo próprio Grosjean.
Mas quem ainda tem uma esperança que Nelsinho possa voltar a disputar o Mundial já pode ir pensando duas vezes. Após se aclimatizar de forma fácil da Nascar e de obter sua primeira vitória na categoria, Piquet não tem o intuito de voltar à F-1.
“Eu vi essa oportunidade de Nascar como boa, pois nunca havia tido um brasileiro de sucesso por aqui. Me apaixonei pela categoria e nem olho para trás agora. É lógico que no começo vinha aquele frio na barriga e eu me perguntava se estava fazendo a coisa certa. Mas em investir ali para você ser piloto de Fórmula 1 ou investir aqui para ser piloto da Nascar, eu achei que aqui seria uma aposta melhor para mim”, concluiu o piloto direto de Bristol, nos Estados Unidos.
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