Fórmula 1 GP de Singapura

Norris sobre restrição de palavrões pela FIA: "Vamos perder 'crueza' da F1"

"O que nós somos? Crianças de cinco anos? Mesmo que uma criança de cinco ou seis anos esteja assistindo, ela acabará falando palavrão de qualquer maneira", dispara Verstappen

Lando Norris, Equipe McLaren F1, em Parc Ferme

A FIA, Federação Internacional de Automobilismo, almeja diminuir a transmissão de palavrões usados pelos pilotos durante as corridas da Fórmula 1. No entanto, alguns competidores não estão muito animados com essa ideia, como é o caso de Lando Norris.

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Para o piloto da McLaren, assim como Max Verstappen, uma opção seria a FIA optar por não transmitir nenhuma mensagem que contenha algum palavrão, ao invés de depender da colaboração dos competidores, isso porque eles entendem que "estão sob pressão".

Ao responder uma pergunta do Motorsport.com nesta quinta-feira (19), Norris disse que acredita que a F1 sairá perdendo com essa ideia, isso porque a "crueza" dos pilotos não será mais mostrada.

"Não é apenas uma linguagem suave e gentil que as pessoas estão usando. Então, tenho certeza de que há muitos outros esportes e coisas que você pode assistir se é isso que você quer ouvir".

Norris também destacou como os pilotos de F1 são "apenas os caras no calor do momento, sob estresse, sob pressão, lutando, tendo grandes acidentes".

"É muito mais fácil para eles dizerem do que para nós fazermos, porque estamos na pista, colocando nossos corações em risco ao tentar correr com as pessoas e estamos dando tudo de nós", acrescentou.

Max Verstappen, Red Bull Racing

Max Verstappen, Red Bull Racing

Foto de: Alastair Staley / Motorsport Images

"Nossos batimentos cardíacos estão muito altos. Estamos apenas colocando nossa paixão e nosso amor nisso. É claro que haverá alguns palavrões do outro lado, mas é só porque estamos tentando, queremos dar o nosso melhor e nos sentimos prejudicados quando as coisas não dão certo".

"E se é por causa da empolgação e outras coisas, é porque estamos felizes com o que acontece".

Verstappen começou a coletiva com xingamentos, obrigando o apresentador Tom Clarkson a emitir um breve pedido de desculpas. Na sequência, o tricampeão mundial considera que a situação é "provavelmente um pouco do mundo em que vivemos" e pediu às partes interessadas da F1 que adotem uma abordagem de bom senso para a questão.

"Acho que o mundo está mudando um pouco, mas acho que isso já começa com a não transmissão", acrescentou. "Ou não dar a opção para as pessoas ouvirem, em geral. Isso ajudaria muito mais do que proibir os pilotos".

"Porque, por exemplo, eu não poderia nem dizer a palavra com 'F'  e nem é tão ruim assim. 'O carro não estava funcionando, o carro está fodido e' [e depois dizer] 'desculpe-me pela linguagem'".

Uma das preocupações de Mohammed Ben Sulayem, diretor da FIA, é que os palavrões usados pelos pilotos acabe chegando aos ouvidos das crianças que acompanham as corridas com seus pais. No entanto, Verstappen tem outra opinião sobre o assunto.

"Mas, vamos lá. O que nós somos? Crianças de cinco anos? Crianças de seis anos? Mesmo que uma criança de cinco ou seis anos esteja assistindo, ela acabará falando palavrão de qualquer maneira".

"Mesmo que os pais não permitam, quando crescerem, eles andarão com os amigos e falarão palavrões. Isso não está mudando nada".

Os palavrões nas mensagens de rádio da equipe de F1 já são censurados pelos editores da FOM, que atrasam a transmissão no feed principal, filtram e escolhem o que é transmitido e cobrem qualquer linguagem obscena.

Sabe-se que todas as mensagens que foram transmitidas ao vivo sem o filtro ou algum tipo de censura foram resultados de erros por parte da equipe de edição.

Reportagem adicional de Mark Mann-Bryans e Ben Hunt.

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