Caça a Hamilton e luta contra o desemprego em jogo no GP da Hungria
No último GP antes das férias da F1, Hamilton ainda é o homem a ser batido, enquanto ameaçados buscam mostrar serviço
Depois de três corridas excelentes na Áustria, na Grã-Bretanha e na Alemanha, a Fórmula 1 desembarca em Budapeste para mais uma etapa. Recheado de curiosidades brasileiras (veja em galeria especial no fim desta matéria), o GP da Hungria pode ser decisivo para o futuro de médio prazo de vários pilotos, já que a F1 vai para suas férias depois deste fim de semana. E as equipes vão aproveitar o hiato para definir o seu futuro.
Cada vez mais pressionado na Red Bull, Pierre Gasly voltou a decepcionar na última prova e está com a cabeça a prêmio. Apesar de ter superado o companheiro Kevin Magnussen em Hockenheim, Romain Grosjean também precisa mostrar serviço pra seguir na Haas. Vida difícil para os franceses.
Outro que decepcionou na Alemanha foi Nico Hulkenberg. Correndo em casa, o alemão bateu no fim da prova e jogou fora uma disputa pelo pódio, ainda inédito na F1 - ele, aliás, é o piloto com mais provas (169) sem pódio na categoria.
Quem ganhou sobrevida no último fim de semana foi Robert Kubica. O polonês surpreendeu e conseguiu o primeiro ponto da Williams na temporada 2019. Ainda que auxiliado pela punição às Alfas, Kubica teve méritos ao superar o companheiro George Russell, de modo que pode calar os críticas por alguns dias.
No âmbito esportivo, a Mercedes ainda segue como a equipe número 1. E, cada vez mais, Lewis Hamilton desponta como o homem a ser batido. Neste sentido, a própria Red Bull aponta a escuderia germânica como favorita na Hungria. Mas todos, inclusive Valtteri Bottas, estarão 'caçando' Hamilton. Confira esses e outros aspectos em jogo no GP deste fim de semana:
Caça a Hamilton
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10 runs wide
Photo by: Steve Etherington / LAT Images
Apesar do "pior GP em muito tempo" na Alemanha, o pentacampeão segue tranquilo rumo ao hexa. O britânico tem larga vantagem na tabela e seu companheiro vive momento difícil. Bottas não aproveitou uma grande oportunidade em Hockenheim e perde força como candidato ao título. Além de tudo, Hamilton terá o circuito de Hungaroring como aliado: chefe da Red Bull, Christian Horner já apontou a Mercedes como o carro mais bem preparado para a pista húngara.
Gasly por um fio
Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15
Photo by: Sam Bloxham / LAT Images
Depois de um péssimo começo de temporada, o francês da Red Bull deu pinta de que poderia esboçar uma reação, mas voltou a fracassar na Alemanha, onde errou no fim da prova e acabou não pontuando. Para piorar sua situação, Daniil Kvyat ainda levou a Toro Rosso ao pódio. Por tudo isso, o GP da Hungria, que antecede as férias da F1, é de suma importância para a continuidade de Gasly, que precisa mostrar serviço.
Pressão sobre Grosjean
Kevin Magnussen, Haas VF-19 and Romain Grosjean, Haas VF-19 battle
Photo by: Zak Mauger / LAT Images
Outro que está com a corda bamba na categoria, Grosjean teve melhor sorte em Hockenheim. Ele superou Magnussen, mas até nisso irritou a Haas: a dupla se tocou e o chefe da escuderia, Gunther Steiner, precisou intervir para que não houvesse mais confusão. Como não foi o primeiro entrevero entre a dupla, o dirigente admitiu usar ordens de equipe daqui pra frente. E a situação de Grosjean segue ruim, sem contar os inúmeros candidatos à sua vaga (inclusive Pietro Fittipaldi).
Futuro de Hulkenberg
Nico Hulkenberg, Renault F1 Team, climbs out of his damaged car and retires from the race
Photo by: Jerry Andre / Sutton Images
O alemão é respeitado na F1, mas vem dando subsídio à fama de 'fracassado'. E o GP da Alemanha feriu sua reputação: em meio à disputa pelo seu primeiro pódio, Hulk errou em frente à sua torcida e abandonou mais uma prova. É fato que o piloto tem qualidade, mas a imagem de Hulkenberg vem piorando ao longo dos anos. Com isso, a Renault pode optar por outro nome para o ano que vem. E isso promoveria uma grande dança das cadeiras, já que Hulk tem mercado.
Sobrevida de Kubica
Robert Kubica, Williams Racing, congratulates Daniil Kvyat, Toro Rosso, 3rd position, in Parc Ferme
Photo by: Mark Sutton / Sutton Images
Depois de sua incrível volta à F1, Kubica logo percebeu que não teria vida fácil em 2019. Ao volante do pior carro do grid, o polonês sofreu desde a pré-temporada. Ainda assim, a disputa da categoria é dura e ele ficou para trás: Kubica foi constantemente batido pelo companheiro, o novato George Russell. Na Alemanha, porém, o polonês levou a melhor, e contou com a sorte para dar à Williams seu primeiro ponto na temporada. Caso vá bem na Hungria, Kubica ganha importante sobrevida.
GALERIA - Brasileiros do céu ao inferno: as curiosidades do GP da Hungria
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