(Com Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Sepang)
A presença de pneus díspares entre sí e com alta degradação, fornecidos propositalmente pela Pirelli, transformaram os dois primeiros GPs de F-1, literalmente, em corridas malucas.
Assim como no desenho animado que fez (e faz) muito sucesso há cerca de 50 anos, as posições na corrida de Sepang (exceto a de Sebastian Vettel) mudaram constantemente por conta da administração do consumo de pneus. Prova disso é Lewis Hamilton, que estava em segundo e caiu para sétimo (depois, para oitavo, com uma punição) nas voltas finais.
Para os pilotos, ainda é difícil fazer uma análise, já que as primeiras corridas do ano nunca trazem o real panorama da categoria. Para Vettel, ainda há muito o que aprender, mas as coisas não mudaram na tomada de tempos, só na corrida em si. "É difícil para todos nós julgar, pois estávamos muito ocupados com as nossas corrida e pneus, mas acho que existiram mais disputas, e isso é o que as pessoas querem ver.Existem muitas coisas acontecendo. Ou seja, a corrida mudou."
"Claro, se olharmos para as velocidades da corrida, os tempos de volta ficaram mais lentos. Na classificação, a diferença não é tão grande, ao contrário da corrida. Algumas coisas você perde, outras ganha; a gente sempre ganha e perde algo", analisa. Já Jenson Button, o que melhor conseguiu administrar o carro e os pneus em Sepang, parabeniza a Pirelli e diz que esse era o objetivo: tornar as corridas mais interessantes.
"Pelo que ouvi, a corrida foi muito boa. Existem pessoas de todos os lugares que disseram isso, não? Foi bom ou não? Estava no carro, não sei. É complicado neste ponto da temporada, pois existem muitas coisas para aprender no circuito. Se tivéssemos apenas um jogo de pneus para toda a corrida e não acontecessem os pit stops, seria empolgante? Não sei", questiona o campeão de 2009.
"Acho que essa é a coisa correta a fazer, construir os pneus dessa forma. Penso que a Pirelli vem fazendo um ótimo trabalho ao produzir pneus deste tipo, com essa forma de degradação, ainda mais com o tempo que tiveram para construí-los. Acho que isso tornou a corrida bem empolgante. Os GPs devem acalmar, mas espero que não muito. Eles serão bem empolgantes."
"De fora é mais complicado entender, mas, ao mesmo tempo, o show é bem melhor, uma vez que existem mais ultrapassagens", comenta Nick Heidfeld, da Renault, enquanto o brasileiro Felipe Massa descreve a confusão que acontece no GP segundo a visão dos pilotos. "É difícil, pois, são tantas paradas e isso muda muito o cenário da corrida. Às vezes você se vê em sétimo, depois nono, aí vira o sexto. É um pouco complicado ter uma noção clara."
"Para mim, o problema foi menor, pois sabia o que estava rolando; o engenheiro me dizia tudo no radio. É um pouco mais complicado, pois a gente não sabe as paradas de todos. No ano passado, sabíamos que era uma e quem fizesse duas ficaria lá para trás. Neste ano é diferente, temos de ficar espertos e ligados no que acontece", completou.
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Bruno Vicaria
Fórmula 1
Jenson Button
Nick Heidfeld
Felipe Massa
Sebastian Vettel
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