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Fórmula 1 GP da China

Pilotos explicam como é viver a nova F-1 dentro do cockpit

Constantes mudanças de posição e diferentes estratégias são motivo de diversão e dor de cabeça em porções iguais para quem só tem o rádio em que confiar

GP da China: disputas do começo ao fim

As quatro ultrapassagens que Lewis Hamilton fez para vencer o GP da China, superando carros de rendimento semelhante ao seu McLaren, foram a cereja no bolo de uma corrida espetacular. A asa traseira móvel, o Kers, e, acima de tudo, os pneus Pirelli contrubuíram para abrir as possibilidades de estratégias e trocas frenéticas de posição.

Após a corrida, como era de se esperar, o vencedor estava extasiado.

“Para mim, como piloto, uma corrida como essa é algo muito raro, ter toda essa animação. Às vezes é até fácil demais utrapassar, mas hoje foi uma batalha em que você realmente tem que pensar o que fazer. Eu amo o desafio. Essa corrida certamente está entre as cinco as melhores provas que fiz”, afirmou, em entrevista acompanhada pelo TotalRace.

Mas a “corrida maluca” não foi exatamente uma unanimidade. Especialmente quando seu carro não é dos mais rápidos.

“É divertido, mas você fica indefeso quando os outros têm pneus mais novos e você não consegue fazer nada. Por exemplo, quando o Webber me passou, ele era muito rápido. Você tenta defender, mas não tem aderência, não consegue frear, não tem tração, então é muito complicado”, testemunhou Jenson Button, que teve problemas para conservar seus pneus no domingo e viu sua liderança no início da corrida se tornar um quarto lugar.

Mesmo que uma largada em 15º e chegada em 13º não pareça uma corrida exatamente interessante, Rubens Barrichello afirmou que seu dia foi bastante movimentado.

“Mesmo andando lá atrás, ultrapassei e fui ultrapassado. É uma corrida mais emocionante do que aquela em que nada acontece. Parece que nada aconteceu para mim porque larguei em 15º e estava por lá, mas passei gente na largada, depois o Webber me passou e o Perez também e eu passei ele de volta. Então teve um pouco de ação e isso com certeza se deve à asa traseira e o Kers.”

Depois de largar em 18º, Webber também se viu lutando por posições no bolo das equipes médias, que sempre andam muito juntas. E não gostou nada da experiência.

“A primeira parte da corrida foi difícil porque todo mundo usa a asa ao mesmo tempo e é muito duro abrir caminho. Quando você está sozinho com alguém, dá para ultrapassar. Se tiver numa fila, é complicado.”

Contudo, após se livrar do tráfego e colocar pneus macios, começou a voar e foi superando os adversários um a um.

“Quando passei Jenson, pensei: 'o que é isso, uma Toro Rosso?' E era Seb (Sebastian Vettel). Achei bizarro. 'Como isso aconteceu?' Achava que ele estava bem longe na liderança”, revelou.

Button também foi outro que ficou perdido durante a corrida.

“No primeiro stint, sabia que estava com dificuldades com aderência, então resolvemos parar cedo e fazer três pit stops. Depois disso já não sabia mais com quem estava lutando, nem quantas paradas cada um tinha feito.”

(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Xangai)

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