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Fórmula 1 GP de Mônaco

Quatro coisas que estarão em jogo no GP de Mônaco de F1

O que podemos esperar de diferente na corrida do principado? Confira alguns dos destaques do fim de semana

Kimi Raikkonen, Ferrari SF70H, Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, Valtteri Bottas, Mercedes AMG F1 W08, at the start of the race

Neste domingo, a F1 realiza a prova mais icônica de seu calendário. O GP de Mônaco chama a atenção não só por sua grande tradição, mas também por se tratar de uma corrida de desafios únicos na temporada. 

A pista montada no principado é a mais curta de todo o calendário (3,337 km); também se tratada do traçado mais lento, com a pole position de 2017 anotada com 166 km/h de velocidade média. 

No total, a corrida será disputada em 78 voltas, o que também rende uma prova longa e desgastante – em 2017, o GP foi completado em 1h44min. Portanto, o GP em Monte Carlo exige atenção e perícia dos pilotos, já que qualquer erro pode custar caro com os guard-rails próximos da pista e prejudicar um trabalho de um fim de semana inteiro. 

É nesse contexto que será realizada a sexta etapa do Mundial, que tem Lewis Hamilton com uma confortável vantagem de 17 pontos na tabela depois de sua vitória na Espanha. Porém, a prova terá coisas importantes em jogo e que podem repercutir no restante da temporada. 

Quem vai ser a força dominante? 

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W09, Sebastian Vettel, Ferrari SF71H, Valtteri Bottas, Mercedes AMG F1 W09, Kimi Raikkonen, Ferrari SF71H, Max Verstappen, Red Bull Racing RB14

Photo by: Sam Bloxham / LAT Images

O traçado de Mônaco possui retas curtas, curvas apertadas e lentas, de modo que os carros são exigidos no principado de forma diferente em relação ao que se vê no restante da temporada.

Nas cinco provas já disputadas, Mercedes e Ferrari se alternaram como equipes a serem batidas, sendo que até a Red Bull conseguiu arrancar uma vitória na China graças a uma estratégia oportunista.

Contudo, Mônaco pode apresentar um cenário diferente. A própria Mercedes aponta que a Red Bull pode de fato ditar as cartas em Mônaco, já que, ali, o déficit de performance do motor Renault pode ser minimizado, e o bom pacote aerodinâmico do time tem chances de prevalecer. O rendimento de Daniel Ricciardo e Max Verstappen no último trecho da pista de Barcelona, mais lento e sinuoso, deixou os rivais de cabelo em pé.

No fim das contas, o GP de Mônaco verá uma oportunidade rara para a Red Bull? Ou, de fato, Ferrari e Mercedes continuarão dando as cartas?

A Mercedes resolveu seus problemas em Mônaco?

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W09
Photo by: Joe Portlock / LAT Images

Em 2017, a Mercedes teve sua corrida mais apagada justamente nas ruas de Mônaco, quando ficou longe da disputa pela vitória e sequer conseguiu terminar no pódio. 

Novas dificuldades na Hungria e em Cingapura, também pistas de baixa velocidade, acenderam a luz de alerta e fizeram com que a Mercedes trabalhasse para corrigir qualquer deficiência inerente ao seu carro. 

Portanto, o GP de Mônaco de 2018 vai deixar claro se a fraqueza no projeto ainda persiste – e como que isso deverá repercutir no campeonato, uma vez que Hamilton chega à prova com boa vantagem para Sebastian Vettel na tabela. 

A chance do ano para a McLaren? 

Fernando Alonso, McLaren MCL33
Fernando Alonso, McLaren MCL33

Photo by: Manuel Goria / Sutton Images

O mesmo princípio que pode fazer a Red Bull sonhar alto em Mônaco também representa uma chance para a McLaren. A corrida da Espanha não representou o salto de qualidade que a equipe esperava, mas a prova monegasca dá a chance de um rendimento menos discrepante em relação aos ponteiros. 

Neste estágio do campeonato, a McLaren quer se estabelecer como “melhor do resto”, algo que não conseguiu demonstrar em Barcelona. Por isso, para a equipe inglesa, sua posição atual na temporada estará em jogo na disputa contra Haas, Renault e Force India. 

O pneu hipermacio terá o efeito desejado? 

Hypersoft 2018 Pirelli tyre detail of Nikita Mazepin, Sahara Force India VJM10
Photo by: Sutton Motorsport Images

Pela primeira vez a F1 usará o novo composto hipermacio em um fim de semana de GP. A escolha para que isso acontecesse em Mônaco não ocorreu à toa, já que o local apresenta historicamente um desgaste reduzido e, por isso, contou nos últimos anos com estratégias menos flexíveis.

A intenção com o hipermacio é levar uma borracha menos resistente e mais mole, capaz de proporcionar o nível de aderência desejado e, ao mesmo tempo, acrescentar um elemento de variação de estratégia. 

Por se tratar de um circuito de características únicas, Mônaco não dará a resposta definitiva sobre o comportamento da borracha (que também será utilizada na corrida seguinte, no Canadá), mas mostrará se a Pirelli foi pelo caminho certo com seu composto mais macio já produzido até hoje. 

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