Rosberg fala sobre dividir o paddock com Schumacher na Mercedes: "Ele era como um Deus na equipe"
O campeão de 2016 falou como que era sua rotina ao lado de Schumacher na Mercedes
O alemão Nico Rosberg recebeu a chance de se juntar à nova equipe da Mercedes na Fórmula 1 em 2010, após a montadora assumir a operação da campeã do ano anterior, a Brown
O campeão de 2016 teria, inicialmente, Nick Heidfeld como companheiro de equipe, mas acabou tendo ao seu lado o heptacampeão Michael Schumacher, que chocou o paddock ao anunciar seu retorno à F1 após três anos de aposentadoria.
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"O nome de Schumacher nem estava no horizonte, ninguém estava falando sobre isso", disse Rosberg em entrevista ao canal oficial da F1 no YouTube. "E, do nada, Ross me ligou e disse: 'Aliás, seu companheiro de equipe não será Jenson Button ou Nick Heidfeld, será Michael Schumacher'".
"E eu fiquei em choque, tinha os pensamentos mais doidos, que eu não teria chance, que toda a equipe estaria contra mim, que Michael manipularia a equipe. E eu me perguntava se eu conseguiria acompanhá-lo. Ele é o maior de todos os tempos. Foi um momento doido".
Mas Rosberg acabou vencendo Schumacher nas três temporadas que correram como companheiros, além de conquistar a primeira vitória da Mercedes em mais de 50 anos, no GP da China de 2012.
Mas levou um tempo para Rosberg - que, quando se juntou à Mercedes, tinha apenas dois pódios - para ter sua voz dentro da equipe, devido à presença de Schumacher.
"Quando Michael chegou, ele era como um Deus na equipe", disse. "Quando tínhamos reuniões de estratégia, até mesmo a minha estratégia era discutida apenas com Michael e não comigo, mesmo que eu estivesse ali".
"Então eu falei sobre isso para o estrategista que liderava essas reuniões, e isso teve um grande impacto. A partir daí, as reuniões ficaram melhores para mim. Eu me sentia mais confortável e tinha a atenção até dele".
Rosberg disse que Schumacher era um "guerreiro psicológico", falando sobre algumas das pequenas táticas usadas pelo piloto para atingir o oponente, e que elas eram algo natural ao heptacampeão.
"Vou dar o exemplo do banheiro de Mônaco. Cinco minutos antes da classificação, só tinha um banheiro na garagem. Ele sabe que estou do lado de fora. Fico batendo na porta igual um louco, falando para quem estivesse ali sair. Eu estava entrando em pânico. Precisava mijar antes da classificação".
"E ele estava ali esperando, de boa, sabendo que estava criando mais stress na minha cabeça e, com um minuto para o início, ele sai de dentro, tranquilo, falando 'Nossa, desculpa, não sabia que você estava aí'. E, nesse momento, eu já estava em estado de pânico".
"Outro exemplo é que ele adorava andar sem camisa na sala dos engenheiros, mostrando seus abdomens, porque era outra prova de sua força para impressionar quem estava lá. Seu corpo era bem definido. Há exemplos infinitos disso".
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