Fórmula 1 GP do Japão

Russell: não punir Alonso na Austrália seria 'abrir caixa de Pandora'; Pérez defende Fernando, "um dos que mais confio"

Pilotos da Sauber, o finlandês Valtteri Bottas e o chinês Zhou Guanyu falaram sobre o incidente, assim como o inglês Lando Norris, da McLaren, e o alemão Nico Hulkenberg, da Haas; confira no Motorsport.com

George Russell, Mercedes F1 W15

Neste fim de semana, a Fórmula 1 volta aos holofotes com a realização do GP do Japão, em Suzuka, mas o principal fato ocorrido no final da última corrida de 2024, na Austrália, segue repercutindo. Trata-se de incidente entre Fernando Alonso, espanhol da Aston Martin, e George Russell, britânico da Mercedes.

Na ocasião, Alonso era atacado por Russell na última volta em Melbourne e, para defender a posição, alterou sua trajetória antes da curva 6 de Albert Park, com direito a desaceleração prematura e pequena frenagem. Logo atrás, George acabou batendo e Alonso foi considerado culpado, sendo punido em 20s.

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Questionado sobre o 'lance' no dia de mídia da F1 no Japão, nesta quinta-feira, Russell ponderou que não punir Alonso seria como "abrir uma caixa de vermes" (open a can of worms, em inglês). A expressão equivale a 'abrir a caixa de Pandora' ou 'mexer num vespeiro', no sentido de abrir precedente perigoso.

"Acho que foi obviamente uma situação estranha que aconteceu na semana passada. Como eu disse lá, fui pego de surpresa. Na verdade, eu estava olhando para o volante, fazendo uma troca de marcha na reta, o que todos nós fazemos ao longo da volta, e quando olhei para cima, estava 'na' caixa de câmbio de Fernando e já era tarde demais. Quando dei por mim, estava no muro. Por isso, acho que se não tivesse sido penalizado, teria 'aberto uma lata de vermes' para o resto do ano e para categorias juniores", disse.

George Russell, Mercedes-AMG F1 Team

George Russell, Equipe Mercedes-AMG F1

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

"[Não se pode] dizer: 'Você pode frear numa reta, diminuir a velocidade, mudar de marcha, acelerar, fazer algo semi-errático [e está tudo bem]...'. Não levo para o pessoal o que aconteceu com Fernando e provavelmente teve consequências maiores do que deveria. Mas se isso não for penalizado, você pode simplesmente frear no meio da reta? Não sei...", pontuou o piloto inglês da Mercedes antes de responder a questionamento do Motorsport.com.

"Todo piloto está 'aberto' a mudar a linha, frear mais cedo, acelerar na curva, o que for, mas quando começa a frear no meio da reta, reduzir marcha, acelerar, subir marcha de novo e frear novamente para a curva, vai além da possibilidade de ajustar a linha", disse à reportagem o piloto das Flechas de Prata.

"Portanto, como eu disse, não acho que o que Fernando fez foi extraordinariamente perigoso, mas 'abrirá uma lata de vermes' se não for penalizado", disse Russell sobre o incidente, que também foi repercutido pelo próprio Alonso nesta quinta-feira nipônica -- o espanhol criticou bastante a penalidade.

Além dos dois envolvidos, outros pilotos foram questionados sobre o incidente australiano no 'dia de mídia' em Suzuka, com o britânico Lando Norris, da McLaren, e os competidores da Sauber, o finlandês Valtteri Bottas e o chinês Zhou Guanyu, pendendo para o lado pró-Alonso. Já o alemão Nico Hulkenberg, da Haas, disse que o bicampeão 'escolheu a curva errada' para fazer a manobra defensiva, enquanto o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, também viu excesso na tática do asturiano.

Pérez defende Alonso: "Um dos pilotos em que mais confio"

Piloto da Red Bull e 'oponente' de Alonso em duelo recente, quando ambos brigaram pelo pódio no GP de São Paulo de 2023 e o mexicano acabou sendo batido, Sergio Pérez saiu em defesa do asturiano da Aston Martin.

"Acho que todos sabemos o que é aceitável, o que está dentro dos limites. Conhecendo os pilotos, principalmente o Fernando... ele sempre faz esse tipo de 'truque', digamos assim, mas sempre dentro dos limites", afirmou o latino-americano.

"Fernando é muito agressivo, mas sempre dentro dos limites, tive ótimas brigas com ele. É um dos pilotos em que mais confio. E devo dizer que foi um pouco demais ou provavelmente acima do limite. Mas, você sabe: poderemos ver esse incidente novamente em duas ou três semanas e nada acontecerá."

"Meu maior medo é que possamos ver este incidente novamente neste fim de semana ou no próximo e provavelmente nada acontecerá. Esse é o meu maior medo. Então, acho que o maior ponto de discussão deveria ser a consistência. Se incidentes como este vão ser penalizados, têm de ser penalizados todos os fins de semana. Porque como piloto dói muito quando você trabalha pra caramba e aí você vê essa incoerência", completou Pérez.

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