Sobre Red Bull e F1, Webber diz: “guilhotina está a postos”
Mark Webber afirma que time austríaco pode aceitar solução temporária em relação aos motores para permanecer na categoria, mas reconhece que risco de saída da F1 é real
A Red Bull ainda não definiu quem fornecerá os motores para as duas equipes da fabricante de bebidas energéticas na F1 na próxima temporada. Se a situação não se resolver, a empresa comandada por Dietrich Mateschitz ameaça deixar a categoria.
Quem falou sobre o tema desta vez foi Mark Webber, ex-piloto da Red Bull e atualmente na Porsche no Mundial de Endurance, na categoria LMP1. O australiano, em entrevista para o site Speedweek - também de propriedade da Red Bull - reconhece o risco de a marca abandonar a F1, mas espera que uma solução, mesmo que provisória, seja encontrada.
"A guilhotina está a postos, mas espero que não seja utilizada. Creio que a Red Bull permanecerá na F1 em 2016, ainda que a solução para o próximo ano não seja boa o suficiente para brigar pelo título. Pelo menos os dois times serão capazes de continuar na categoria", disse.
Desenvolvimento de 2016 comprometido
Enquanto a Mercedes já recusou veementemente a possibilidade de fornecer motores para a Red Bull em 2016, a Ferrari ainda não foi totalmente descartada. Os italianos, no entanto, alegam que não há tempo hábil para fornecer unidades de potência atualizadas, a principal exigência do time austríaco.
Webber diz que não sabe qual será a solução, mas vê a situação cada vez mais complicada a medida em que o tempo passa. "
"Quem será o parceiro deles? Eu não faço ideia. O principal problema no momento é que o tempo trabalha contra a Red Bull. Sinto muito por Dietrich Mateschitz, pois não há nada pior do que lidar com uma situação que foge ao seu controle", afirmou.
Críticas à F1
Webber, por fim, voltou a criticar a falta de velocidade e de desafios na F1 atual. "Durante a noite passada, enquanto estava em um hotel, vi uma corrida de Ayrton Senna filmada da câmera do cockpit. Por que eu faria algo do tipo? Porque a F1 de hoje não tem mais estes personagens, é técnica demais e não inspira os fãs", disse.
"O público quer ver heróis e gladiadores, mas a categoria não entrega mais esse tipo de coisa. Você compra um ingresso por 500 euros e vê Lewis Hamilton saindo de uma curva a uma determinada velocidade. Depois, os carros da GP2 entram na pista e você vê Mitch Evans saindo da mesma curva com a mesma velocidade. Ninguém quer pagar tamanha quantia para ver isso", afirmou.
"Se caras como eu, que estive no meio por tanto tempo, não entendem o esporte, por que deveríamos supor que o fã comum esteja entendendo o que está acontecendo?", completou.
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