Webber: "não queria ir cada vez mais pra trás no grid, com 38, 39 anos"
Australiano confirma que não estava mais conseguindo manter toda a motivação necessária para correr entre os primeiros
Desde o episódio da Malásia, quando Webber foi ultrapassado nas voltas finais pelo companheiro Sebastian Vettel, após a equipe pedir aos dois que poupassem equipamento, que os rumores de o australiano não permaneceria na Red Bull e, consequentemente, na F1 começaram a tomar força. Nesta quinta-feira, ouvido pelo TotalRace, Webber confirmou que se despede da F1 ao final da temporada, pois já não tem a mesma motivação de antes.
“Estive aqui por muito tempo e algumas coisas vão chegando ao fim. Já não estava fácil manter a motivação necessária para correr no topo e todo ano, após o GP do Brasil, a gente tem um tempo para relaxar e depois já é preciso estar com a motivação lá em cima, para começar a preparação em alto nível para a temporada seguinte. E eu não queria ser um piloto indo cada vez mais para trás no grid, com 38, 39 anos, sem nem conseguir ver os caras que vão ao pódio”, disse direto de Silverstone. “Mas não foi uma decisão fácil" continuou o piloto.
Perguntado se sentirá falta dos atuais rivais da categoria, Webber respondeu positivamente, mas brincou que poderá se reencontrar com eles em breve. “Em qualquer esporte, a gente deve amar competir contra adversários de alto nível, que tornam sua vida difícil, em especial no automobilismo. Sentirei falta deles, mas, de qualquer jeito, eles podem se juntar a mim em poucos anos”, afirmou o australiano, que se dá muito bem com o espanhol Fernando Alonso.
“Alonso é um dos rivais que mais sentirei falta de competir. É um piloto que batalha pelas vitórias, assim como outros grandes pilotos atuais e com quem competi no passado”, acrescentou. Em compensação, existem muitas coisas na F1 que não deixarão saudades no australiano. “As conversinhas e historinhas com as quais temos que conviver, a viagens, uma atrás da outra. Algumas coisas realmente não me farão falta”, explicou.
Webber, que apesar de estar no carro mais invejado do grid, não vence uma corrida desde o GP de Silverstone do ano passado, não quer se despedir da F1 sem uma vitória em seu último ano. “Quem sabe ela já não venha aqui, no domingo. Quem sabe eu não passe algum carro na última volta e vença? Aqui, como em Mônaco é sempre especial vencer”, disse aos repórteres logo após anunciar que irá correr no WEC, pela Porsche.
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