Wolff: pré-temporada "difícil" colocou Mercedes para trás
Toto Wolff, chefe da Mercedes, diz que pré-temporada problemática fez com que o time não conseguisse entender carro de 2017, enquanto a Ferrari seguiu sem maiores dificuldades
A Mercedes passou por mudanças significativas após o fim da temporada 2016. O time foi forçado a procurar um novo piloto, já que Nico Rosberg surpreendeu o mundo ao anunciar a aposentadoria das pistas logo após conquistar o título - Valtteri Bottas acabou sendo o escolhido.
No lado técnico, Paddy Lowe, então diretor técnico da equipe, também saiu, dirigindo-se para a Williams. Além das dificuldades internas, a Mercedes ainda viu a Ferrari ter uma pré-temporada forte e começar o ano vencendo, com Sebastian Vettel batendo Lewis Hamilton e levando o GP da Austrália.
Questionado pelo Motorsport.com sobre o quanto a equipe está próxima de se recuperar de uma pré-temporada difícil, Wolff respondeu: "O inverno todo foi complicado, começando com Nico."
"Você precisa se adaptar às mudanças, mas quando uma surge uma de forma repentina, não é fácil e isso aconteceu durante o inverno. O quão distantes estamos de nosso ritmo ideal? Eu não gostaria de colocar isso em números", disse.
"A Ferrari claramente se mostrou competitiva desde o primeiro dia em Barcelona e parecia estar trabalhando bem com os pneus. Tivemos alguns desafios para encontrar nosso desempenho e não foi nada fácil para nós", afirmou.
"O importante é que há muito para aprender sobre o carro e como colocá-lo na melhor forma possível para tirar o máximo dos pneus. É um desafio do qual gostamos muito, apesar de não ser fácil. Tudo se complica ainda mais com a Ferrari estando forte, mas é exatamente do que o esporte a motor precisa e é um desafio que abraçamos."
Wolff disse ainda que leva a ameaça da Ferrari muito a sério, mas espera que o desenvolvimento dos carros seja rápido, o que vai levar a variações de desempenho entre os times.
"A Ferrari fez um trabalho extraordinário durante a pré-temporada e precisa ser levada a sério", disse. "Eles foram rápidos em Melbourne e aqui na China também parecem velozes, então começa a aparecer um padrão em termos de ritmo."
"Ainda temos a corrida, mas o padrão nos mostra que será uma batalha acirrada entre Ferrari e Mercedes na frente, além de uma distância significativa em relação aos demais times. Mas é o cenário de momento, tudo pode mudar em dois meses."
"Com as novas regras, o nível de desenvolvimento será muito maior do que o normal. Se em uma temporada comum você melhora um segundo, um segundo e meio, neste ano você vai melhorar mais. Você verá equipes diferentes ou mais equipes brigando na frente daqui a quatro ou cinco etapas", completou.
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