Sette Câmara: tínhamos carro para ser primeiro ou segundo
Brasileiro lamenta problema mecânico que o deixou apenas na 14ª colocação no grid, mas garante que sua confiança na Carlin segue intacta













Sérgio Sette Câmara considera que o problema mecânico que sofreu na classificação da F2 em Barcelona o impediu de lutar pelo "primeiro ou segundo" lugar no grid.
O brasileiro da Carlin, que havia terminado na segunda posição no treino livre, pouco andou durante a tomada de tempos que definiu a ordem de largada para a bateria de sábado. Seu carro apresentou um problema com o acelerador que só foi resolvido nos instantes finais da sessão, de modo que o piloto teve tempo apenas de registrar uma volta cronometrada que lhe deu o 14º posto na ordem de partida.
Em entrevista ao Motorsport.com Brasil em Barcelona, Sette Câmara analisou: “Tive que fazer uma só volta, com pneus frios, e isso me deu a 14ª posição, que não é nem perto do que a gente queria. A gente tinha um carro para estar ou em primeiro, ou em segundo.”
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“É ruim, porque foram três sessões de classificação até agora e tive três problemas: no Bahrein foram os freios de trás que não estavam funcionando; em Baku foi um problema elétrico, e agora foi um problema elétrico, no cabo do acelerador. É um pouco chato, porque a classificação é um momento que o piloto demonstra se é rápido ou não. Por isso que fico chateado, mas amanhã vou fazer uma boa corrida, tenho certeza.”
A fim de minimizar os danos do fim de semana, o piloto definiu sua meta para a corrida de sábado: “É mais ficar entre os oito primeiros, com certeza, para tentar o grid invertido. Quando tudo dá errado na classificação, geralmente esse é o objetivo – chegar entre os oito primeiros para começar em alta na corrida seguinte”, explicou.
“Barcelona não é um circuito fácil de ultrapassar – geralmente é uma corrida bem parada. Claro que tem pitstops, pode ter um safety car, mas aí vai depender mais uma vez de coisas que não temos controle 100%. Se for uma corrida normal, justa para todo mundo e sem fator sorte para ninguém, não é uma corrida que dá para largar lá em 14º e ganhar, como vimos gente fazer em Baku. Eu teria que ter um ritmo excepcional para fazer isso, mas temos carro para chegar ali entre os oito primeiros.”
Confiança na Carlin “está alta”
O início de temporada de Sette Câmara tem sido atribulado por alguns problemas mecânicos e técnicos. No Azerbaijão, por exemplo, perdeu um segundo lugar na bateria complementar do fim de semana pelo fato de seu carro não contar com o combustível necessário para que fossem realizadas todas as inspeções de praxe.
Apesar disso, o brasileiro garante que sua confiança na equipe está intacta. “[A confiança] Está alta. Realmente o carro dele [Lando Norris, seu companheiro de equipe] é mais paparicado e tem ‘mais olhos’, mas o que aconteceu hoje foi uma peça que é mais culpa da organização e não tem nem como a equipe ter controle dessa peça, pelo que me explicaram. É que foi muito coisa de azar, tanto no Bahrein, tanto aqui”, analisou.
“É interessante pegar o ano passado na Red Bull: na primeira metade do ano, o Max Verstappen só quebrou, e, em teoria, ele é o queridinho daquela equipe. Na segunda metade do ano, o Ricciardo só quebrou e o Verstappen estava lá na frente. Isso pode acontecer. Você pode jogar a moeda e cair em coroa cinco vezes seguidas.”
“Não é o que a gente quer, mas pode ser que essa maré de azar mude – não que vá para ele [Norris], mas que saia de mim, pelo menos. Tenho certeza de que não é proposital, e quanto mais eu ficar pensando e remoendo, mais atrai. Não quero ficar reclamando e me fazendo de vítima, e sim seguir em frente. Uma hora ou outra as coisas vão começar a encaixar.”

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