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Coluna do Agag: por que F-E está em real fase de crescimento

Foi um grande momento para nós “oficialmente” dar as boas vindas a Nico Rosberg à Fórmula E em Berlin, e para ele guiar o novo carro Gen2.

Formula 1 World Champion, Nico Rosberg, drives the Formula E Gen2 car around the streets of Berlin

Lembro de estar em Viena, durante a premiação da FIA, na mesma noite em que ele anunciou sua aposentadoria da F1. Me apresentei à sua esposa ao fim do jantar. Disse: “Olá, sou Alejandro Agag, da Fórmula E, e gostaria de falar com seu marido”. Ela simplesmente respondeu: “Nem pense nisso. Ele não vai voltar a um carro de corridas novamente.”

Então, foi um grande momento tê-lo conosco em Berlim, tanto como investidor como apoiador. 

Obviamente, há especulações de que ele estará envolvido com a nova equipe da Mercedes na Fórmula E, mas não ouvi nada nessa direção – apesar de que isso não significa que não vai acontecer.

Estar em Berlim foi um bom lembrete de nossas raízes como campeonato. Essa é a única cidade em que competimos em todas as temporadas. Mas sempre olhamos para o futuro também, tentando desenvolver o campeonato, e é por isso que estaremos correndo na Arábia Saudita no início da temporada cinco. 

A corrida no distrito de Ad Diriyah, em Riade, é muito importante para nós. Acreditamos que o esporte possa inspirar comunidades, e queremos fazer parte da mudança positiva que está acontecendo no país.

Em junho, pela primeira vez as mulheres poderão dirigir na Arábia Saudita, e este será um momento histórico. Além disso, recebemos garantias totais – na verdade, é um pedido dos organizadores – de que mulheres participarão do evento e poderão estar na corrida como espectadoras ou apoiadoras. Todas as mulheres que trabalham na categoria também serão autorizadas a vir e a trabalhar. 

Vemos isso como um grande elemento de mudança em um país que não tinha esses direitos no passado, e estamos felizes em ser parte disso. Vemos que a Fórmula E pode ser uma força para o bem, e neste caso – um lugar e país muito específico – pensamos que podemos fazer uma contribuição ao ir para lá. 

Então, estou realmente feliz com nossa decisão. Entendo que haja um debate por aí, e é perfeitamente compreensível.

Acho que o esporte deve ficar acima da política e você não deve misturá-los. Quando um esporte tem um boicote por causa de políticas, como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo de futebol, devemos ficar acima disso. 

Acho que os fãs, uma vez que eles veem uma corrida, verão um ótimo evento, porque a pista de Ad Diriyah é espetacular. E os fãs que não gostam da decisão de ir para lá (e tenho certeza de que há alguns), bem, eles possuem suas visões políticas pessoais, às quais eu respeito completamente. 

Antes de Riade, claro, temos mais uma rodada nova, em Zurique, que será a primeira corrida na Suíça desde que as corridas foram banidas, em 1955. 

Devemos muito a Jean-Claude Biver, diretor executivo da TAG Heuer, porque eles foram um de nossos parceiros fundadores na Fórmula E. Ter Julius Baer, TAG e ABB – nosso patrocinador principal –, todas sediadas na Suíça, conta muito, e esse é mais um ótimo símbolo de como a Fórmula E está mudando as coisas: em um país em que as corridas eram banidas, agora haverá uma corrida. 

É bom para o automobilismo em geral que possamos abrir novos países, especialmente um país como a Suíça, que tem tanto potencial e tantas empresas que podem apoiar o automobilismo. E um de nossos pilotos principais, Sebastien Buemi, é da Suíça, então acho que é um local perfeito para nós corrermos. 

Havia um bom momento por trás do evento da Suíça, então simplesmente esperamos. Eles queriam fazê-lo, e alguns membros do parlamento tiveram a iniciativa de mover adiante uma mudança na lei para permitir corridas, especialmente corridas elétricas – e agora isso aconteceu. 

Já há muita empolgação antes do evento – eles estão esperando por uma grande adesão.

O campeonato está em uma real fase de crescimento no momento. Temos grandes fabricantes chegando, novas corridas, alguns pilotos de grande nome sendo atraídos.

Nico não vai correr, mas é muito empolgante que Felipe Massa se junte ao campeonato a partir da temporada cinco. 

Essas coisas não acontecem do dia para a noite – Nico, Felipe, Zurique. Tudo é resultado de muito trabalho e preparação. Venho falando com Felipe por três anos e ele é um grande piloto, um grande cara – fico feliz em dizer que é um amigo pessoal.

Nós insistimos muito para que ele viesse, mas, no fim, são as equipes que tomam as decisões. Não posso impor um piloto a eles, e sim esperar que eles façam isso.

Tive algumas mensagens de alguns outros pilotos da F1 recentemente... mas, para nós, de onde os pilotos vêm não é tão importante. É mais a qualidade dos pilotos e como eles se encaixam ao nosso ecossistema. Felipe será ótimo para a Fórmula E. 

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