Análise

Audiência da Indy sobe nos EUA. Mas por quê?

Pela segunda corrida seguida da Indy acontece um aumento de audiência em relação ao mesmo evento em 2014

Ação na classificação
Largada: Josef Newgarden, CFH Racing Chevrolet leads
Pole Josef Newgarden, CFH Racing Chevrolet
Pole Josef Newgarden, CFH Racing Chevrolet
Pole Josef Newgarden, CFH Racing Chevrolet
Vencedor Sébastien Bourdais, KV Racing Technology Chevrolet
Vencedor Sébastien Bourdais, KV Racing Technology Chevrolet
Second place Helio Castroneves, Team Penske Chevrolet
Scott Dixon, Chip Ganassi Racing Chevrolet
Simon Pagenaud, Team Penske Chevrolet

A transmissão pela NBCSN da última corrida da Indy em Milwaukee domingo passado, 12 de julho, atingiu a maior audiência dada a uma corrida da categoria desde 4 de setembro de 2011 em Baltimore. Em relação a última Milwaukee Mile ocorrida ano passado, houve um ganho de 66% de audiência. Na corrida anterior , a MAVTV, o ganho de audiência foi de 80%, se comparada a corrida de 2014 naquele mesmo circuito californiano.

Todo esse novo encanto do público acontece depois que os regulamentos foram mudados permitindo que tanto Chevrolet quanto Honda, os dois únicos fabricantes de motores para a categoria, pudessem desenvolver kits aerodinâmicos também. Antes da mudança, as equipes estavam restritas ao kit da Dalara, que permanece como única fornecedora de chassis para a categoria.

Ao que tudo indica, a possibilidade de uma gama maior de ajustes na parte aerodinâmica aumentou o número de equipes na disputa pelas primeiras posições... Pilotos, até então com resultados inexpressivos na maioria das corridas, como Josef Newgarden e Graham Rahal passaram a ter maior destaque, assumindo a pole e ganhando corridas.

O aumento de audiência indica não só que as corridas da Indy se tornaram mais disputadas e emocionantes, mas que o público se interessou pelas mudanças que foram anunciadas e foi conferir, sintonizando o canal que transmite a maioria das corridas da Indy. Diante a imensa variedade de atrações da TV americana, ainda mais agora com a entrada avassaladora dos sinais de TV via Internet, se juntando as transmissões de satélite e cabo, além da generosa TV aberta, já totalmente digital há alguns anos, podemos supor que era um público que estava adormecido e não estava mais acompanhando o campeonato desde o início do ano. Um público cansado de corridas muito parecidas umas com as outras.

O dilema que os responsáveis da IndyCar passavam era igual ao que os dirigentes da Formula 1 estão passando. As corridas da Indy vinham caindo de interesse ano a ano, se salvando, talvez, devido as 500 Milhas de Indianapolis um evento que transcende a esportividade, um verdadeiro momento cívico nacional que todos cultivam, mesmo sem ser a final de um campeonato, como é o caso do Super Bowl ou de uma festa anual de premiação como a entrega do Oscar.

Então, a sugestão que está vindo da Indy é que não é necessário nenhum retrocesso tecnológico para igualar as equipes, o truque para aumentar a competitividade é permitir uma maior variação de ajustes do carro por parte das equipes. Existem uma série de ajustes aerodinâmicos que compensariam motores mais fracos e esses ajustes atualmente são proibidos pelo regulamento da FIA.

De qualquer forma, segundo o que se pode observar do sucesso da Indy, o resultado deve ser o de permitir que as equipes devam ter maior liberdade de criar diferenciações que lhes permitam ser mais eficientes, o que significa dizer que as equipes estão muito dependentes dos fabricantes de motores devido a atual regulamentação da FIA que engessou a parte aerodinâmica. Algo que não estamos escutando, ao menos com a devida ênfase, nas sugestões para mudanças na Fórmula 1.

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