Equipe de Rosberg fatura mundial de kart; Brasil vai ao pódio

Campeão da Fórmula 1 de 2016, Nico Rosberg se uniu no início deste ano com o ex-mentor de kart Dino Chiesa e Petronas, sócios da Mercedes na F1, para ajudar no apoio aos jovens pilotos Lorenzo Travisanutto e Taylor Barnard.

Os dois pilotos conquistaram a pole position nas finais do Mundial de Kart, em Kristianstad, na Suécia, no último fim de semana. Apesar de Barnard não conseguir segurar o primeiro lugar e terminar em quarto no evento júnior, Travisanutto triunfou na categoria sênior.

Depois de comemorar com a equipe e os pilotos, Rosberg admitiu que foi "especial" ajudar a garantir outro sucesso no campeonato mundial - embora não no cockpit.

"É aí que tudo começou para nós no kart - então, fazer isso com meu chefe na época, Dino, significa que também é uma amizade", disse Rosberg ao Motorsport.com.

"Houve aquela sensação de competição de novo, o que me lembrou dos bons velhos tempos também. Foi uma experiência maravilhosa.”

"É tão puro. É muito mais simples e se resume ao talento dos caras. Não há política, não há dinheiro envolvido: é pilotagem pura e talento, e é isso que eu realmente amo no kart".

Apesar de estar chateado porque Barnard não conseguiu converter a pole em vitória, Rosberg disse que o desempenho de Travisanutto foi brilhante.

"Foi um dia de sentimentos contraditórios. Estávamos na pole da final da categoria júnior e na pole para a final da categoria sênior, e só temos dois pilotos. Então, dos 250 pilotos, ambos os pilotos estavam na pole de suas categorias. Isso foi muito bom.”

"Na Júnior, Taylor Barnard estava liderando a final e, de repente, caiu para o quarto lugar. Então, foi muito difícil, porque eu sinto por eles, pois eu já estive lá. Para essas crianças, é tão difícil, pois em um campeonato mundial de um dia, tudo está em jogo.”

"E então a próxima final, foi a segunda chance para nós como equipe e Lorenzo venceu. Ele fez uma ultrapassagem incrível e conseguiu, então foi muito legal. Foi muito emocionante comemorar com eles. Foi muito, muito especial. Uma experiência especial para mim."

Brasil sobe no pódio

Dos sete brasileiros que começaram a disputa do mundial de kart, após as corridas classificatórias, apenas três deles seguiram para as finais. Gabriel Bortoleto e Guilherme Figueiredo, na OK Júnior e Olin Galli, na OK.

Bortoleto largou em quarto na Final da OK Júnior, que teve 117 inscritos, com apenas 34 se classificando para a última prova. O piloto terminou em terceiro, a 1s283 do campeão, o francês Victor Bernier, e a 0s377 do vice, o italiano Gabriele Mini.

Guilherme Figueiredo fez uma campanha muito semelhante à de Bortoleto. O sergipano venceu uma classificatória, mas na última delas, com pneus slick na pista úmida, rodou na primeira volta. Figueiredo largou em 17º e terminou em 12º.

Na categoria OK, que reuniu 110 pilotos, o Brasil foi representado por Nicolas Fliter, Vinícius Schoma e Olin Galli. Destes, apenas Galli seguiu para a final. Das seis classificatórias, Galli terminou cinco entre os dez primeiros. Mas um problema mecânico o impediu de largar na penúltima classificatória e, com isso, seguiu para a largada da final apenas na 30ª posição.

Após uma largada impressionante, o piloto, vindo do fundo do pelotão, conseguiu desviar do tradicional enrosco da largada e, ao fim da primeira volta, já passava pela linha da cronometragem em 17º. Daí por diante, foi recuperando terreno e, ao final das 25 voltas, recebeu a bandeirada em nono.