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7 motivos que mostram por que a MotoGP vive sua melhor fase

Competição acirrada, rivalidades e grande interesse das montadoras: Confira por que estamos presenciando o melhor momento do motociclismo

Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing, Jorge Lorenzo, Ducati Team

A temporada de 2017 da MotoGP vai mostrando que o motociclismo está aquecido como nunca. Com nomes consagrados como Valentino Rossi, Marc Márquez e Jorge Lorenzo enfrentando cada vez mais opositores talentosos - como Maverick Viñales, Johann Zarco, Jonas Folger e Danilo Petrucci - além de pilotos que se reinventaram nos últimos tempos - como Dani Pedrosa, Andrea Dovizioso e Cal Crutchlow - temos um grid com o nível nas alturas.

Ao lado disso, ainda acompanhamos uma impressionante igualdade técnica por parte dos times quase nunca vista no mundial. Dito isso, é possível afirmar que vivemos o melhor momento da MotoGP em sua história? Sim, e aqui estão sete motivos para acreditar nisso:

Top-4 separado por apenas dez pontos

Vamos começar pelo motivo mais óbvio. Depois de ver apenas um campeonato sendo decidido no último GP entre 1992 e 2013, a MotoGP teve dois dos últimos quatro campeões coroados na última prova, em 2013 e 2015. Mas, mesmo não tendo os campeões decididos na corrida derradeira, 2014 e, especialmente, 2016 foram temporadas bastante competitivas. 2017 não fica atrás, com cinco vencedores e dez pilotos indo ao pódio em nove provas até aqui disputadas. A cereja do bolo é a classificação do mundial: Márquez, Viñales, Dovizioso e Rossi estão atualmente separados por dez pontos. E não esqueçamos de Pedrosa, que está a 26 pontos do líder, em quinto.

Choque de três gerações

Nas três principais equipes do mundial (Honda, Yamaha e Ducati) temos os melhores representantes das três últimas gerações de pilotos. O mais velho deles é Valentino Rossi, com 38 anos. O italiano estreou no mundial em 2000, quando a MotoGP ainda corrida com motos dois tempos de 500cc. Já Dani Pedrosa, de 31 anos, entrou na categoria máxima do motociclismo em 2006. Dois anos depois, foi a vez de Jorge Lorenzo (30) e Andrea Dovizioso (31) chegarem. Os mais novos são Marc Márquez (24) e Maverick Viñales (22), que estão no campeonato desde 2013 e 2015, respectivamente. Não precisa olhar nos livros de estatísticas: Jamais houve tamanha diferença de idade entre os concorrentes diretos ao título em qualquer campeonato de esporte a motor em nível mundial.

Rivalidades

Este é um assunto vasto no motociclismo. Não faltam exemplos. De Barry Sheene x Kenny Roberts, passando por Wayne Rainey x Kevin Schwantz, Michael Doohan x Alex Crivillé e Valentino Rossi x Max Biaggi/Sete Gibernau o mundial sempre esteve bem servido de rivalidades. Então, o que faz o momento atual ser mais especial? Simples: Não temos uma rivalidade apenas, mas várias. Rossi x Márquez, Márquez x Viñales, Rossi x Lorenzo e ainda uma histórica entre Lorenzo e Dovizioso dentro da Ducati devido a seus antecedentes na disputa dos campeonatos de 2006 e 2007 nas 250cc.

Seis montadoras seriamente envolvidas

Depois de viver anos pouco equilibrados com apenas 17 motos e, subsequentemente, grids formados em sua metade por equipamentos CRT/Open (com chassis protótipo e motores de Superbike), atualmente a MotoGP vive seu melhor momento em termos de interesse das montadoras. Com a central eletrônica dos motores padronizada desde o ano passado e vantagens às fábricas recém-chegadas (que não têm o desenvolvimento de seus motores congelado), a categoria ruma para ter um campeonato cada vez mais competitivo entre Honda, Yamaha e Ducati ao lado de Suzuki (que já venceu corrida em sua volta), Aprilia e KTM.

Equilíbrio e imprevisibilidade

Mesmo com todo o dinheiro que as montadoras estão gastando em avanços tecnológicos e aerodinâmicos, e com pilotos cada vez mais bem preparados, as corridas estão muito mais abertas. Honda e Yamaha continuam a ter uma pequena vantagem no fim das contas, mas, ainda assim, jamais se viu tantos times satélites podendo pensar realisticamente em grandes resultados (de top-5 a vitórias) a cada fim de semana.

Crescimento exponencial de audiência e engajamento

Desde muito cedo, a Dorna - empresa que detém os direitos comerciais da MotoGP desde 1992 - entendeu que precisava aproximar seu produto do público. Ela fez isso ao longo dos anos, pensando em transmissões que fugissem apenas do ato de mostrar as corridas, colocando vídeos especiais, tomadas de câmera e grafismos que despertassem a atenção dos fãs. Nos últimos anos, eles aliaram isso a uma forte disseminação de conteúdo em seu site oficial (onde você pode ver todas as corridas desde 1992) e em sua mídias sociais. Ao contrário da Fórmula 1, a MotoGP abraçou de cara o mundo digital e hoje colhe os frutos disso com um bom engajamento de sua crescente audiência.

Guerra com a Fórmula 1?

Vamos fazer um exercício de memória? No mesmo final de semana no qual se disputou o infame GP da Malásia de 2015, a F1 sagrou Lewis Hamilton tricampeão nos EUA. Mesmo que você não tenha acordado durante a madrugada para ver aquela corrida em Sepang, certamente você, amante do esporte a motor, lembra muito mais dela do que do título de Hamilton. Isso, devido ao fato de aquela prova e aquele campeonato terem polarizado a opinião de quase 100% dos fãs. E a constatação de que a MotoGP ofuscou completamente a F1 naquele fim de semana ilustra bem o momento das duas categorias. Uma dividiu opiniões e torcidas, enquanto a outra viu o ápice de sua temporada sendo colocado em segundo plano no mundo do motor, com o maior ponto de discussão sendo uma bizarra ‘guerra de bonés’ entre os protagonistas, Rosberg e Hamilton, antes do pódio.

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Gabriel Lima
MotoGP
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