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Barros não vê MotoGP em melhor momento: “difícil falar isso”

Lembrando de época na qual estreou, piloto pondera ser difícil esquecer o que viveu: “era um momento muito bonito do motociclismo”

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Wayne Rainey, Yamaha, Kevin Schwantz, Suzuki
Alex Barros leads
Alex Barros
Alex Barros
Alex Barros, Gauloises Yamaha Team
Alex Barros, West Honda Pons
Wayne Rainey, Yamaha, Kevin Schwantz, Suzuki
Alex Barros
Alex Barros, Pramac d'Antin

Com dez pontos separando os quatro primeiros do campeonato da MotoGP, 2017 vem se notabilizando por ser uma temporada bastante imprevisível. E após vermos nove vencedores diferentes no último ano, muito tem se debatido: Afinal, esta é a melhor era do motociclismo?

Com Valentino Rossi aos 38 anos ainda com o ímpeto de um jovem, ao lado de pilotos consagrados como Jorge Lorenzo e Marc Márquez e pilotos que buscam a glória, como Maverick Viñales, Dani Pedrosa, Johann Zarco e Andrea Dovizioso, o mundial vive anos dourados.

Mas, apesar de reconhecer o grande momento, Alexandre Barros ainda crê que a dificuldade de se pilotar na época em que estreou no mundial, no início dos anos 90, fez aquele momento ser ainda mais especial.

“É difícil falar isso. Cada época é cada época”, disse Barros ao ser questionado pelo Motorsport.com sobre o momento atual da MotoGP ser o melhor da história.

“Quando cheguei na MotoGP, vivíamos um momento bonito. Tínhamos grandes pilotos por lá.”

“No grid do meu primeiro ano tinha Wayne Rainey, Eddie Lawson e Kevin Schwantz, e a parada entre esses caras era duríssima. E nós vivíamos um outro momento em termos de tecnologia das motos, a 500cc era uma moto bastante agressiva.”

“Os meus ídolos antes chegar lá eram o Kenny Roberts e o Freddie Spencer, com Barry Sheene também. Essa era uma grande época também.”

“Quando eu comecei eu tinha 19 anos, era bem novo. Corria contra caras de 34, como Randy Mamola e o Eddie Lawson, que foram meus companheiros de equipe. Talvez hoje o Valentino seja um pouco mais fora da curva, mas isso ocorria naquele momento também.”

Para Barros, uma das diferenças de sua época para hoje é a facilidade de adaptação dos novatos. “Acho que agora temos pilotos mais novos que chegam na MotoGP andando mais rápido, porque ser competitivo de 500cc naquela época levava uns dois ou três anos de aprendizado.”

“O cara entrava e não conseguia andar na frente. Hoje em dia, com a escola que é feita para estrear na MotoGP, o piloto consegue chegar bem. Quando eu cheguei era mais difícil.”

Por fim, o paulista de 46 anos crê que pouco importa qual época é a melhor, e sim que o campeonato esteja sendo bem disputado. “Acho que a beleza está na competição ser aberta. Quando você tem um campeonato com corridas competitivas, isso é muito legal.”

“Então, acho que cada momento é cada momento. Se você falar com alguém que tem 20 anos a mais que eu, vai falar que foi a época dele.”

“O mais importante é que a cada ano a gente tenha mais e mais novidades na MotoGP e que isso faça o campeonato continuar legal.”

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