Chefe da MotoGP 'alfineta' modelo sprint da F1, mas diz se beneficiar da ascensão da categoria 'vizinha'
Carmelo Ezpeleta destacou padrão aplicado na sua própria série como correto, porém deu créditos a 'irmã' de quatro rodas em relação ao recente 'boom' de fãs
Em entrevista ao Motorsport.com, Carmelo Ezpeleta, chefe da MotoGP, deu sua opinião sobre o pico de interesse na Fórmula 1 e como a sua categoria poderia ser beneficiada por isso - além do funcionamento da rainha da motovelocidade com seu homólogo de quatro rodas.
Ezpeleta deu crédito à recente ascensão da F1, mas sente que essas tendências vêm em “ondas”, tendo visto anteriormente uma era de ouro na MotoGP, quando nomes como Valentino Rossi, Marc Márquez, Jorge Lorenzo e Andrea Dovizioso eram superestrelas lutando por títulos mundiais.
“No nível do show, a F1 é a número um no espectro do automobilismo”, disse Ezpeleta em entrevista exclusiva. “Nossa obrigação é ganhar popularidade, mas sem que a F1 seja a referência."
“A popularidade da F1 nos ajuda muito. É verdade que eles cresceram bastante ultimamente e não acho que seja exclusivamente devido ao Drive to Survive, embora tenha claramente ajudado.
“Minha opinião é que a popularidade está em ondas. Recentemente, a F1 estava com problemas e éramos os melhores dos melhores. O que você tem que tentar é focar no seu e trabalhar da melhor maneira possível.”
Carmelo Ezpeleta, Chief Executive Officer of Dorna Sports
Photo by: RNF Racing
Uma das mudanças integrais do MotoGP para 2023, que compartilha semelhanças com a F1, é a introdução de corridas sprint aos sábados durante os fins de semana de GP. A categoria de quatro rodas estreou esse formato em 2021, inicialmente realizando três vezes no calendário antes de expandir esse número para seis no próximo ano. Já na MotoGP, a novidade irá acontecer em toda a temporada.
Embora a mudança deva ter um impacto generalizado nos eventos da rainha da motovelocidade, Ezpeleta sente que os inúmeros benefícios dentro e fora da pista significam que era lógico aplicar o formato a todos os eventos.
“Desde o primeiro momento deixamos claro que eles deveriam ser incorporados a todas as corridas”, explicou. “Se o seu motivo para isso [introduzir] é dar um up na atividade aos sábados, você tem que padronizar.
“Além disso, esse novo formato tem outro efeito, no domingo. Com o desaparecimento dos warm-ups de Moto2 e Moto3, e a redução do warm-up de MotoGP, abre-se uma janela em que mais atividades promocionais podem ser realizadas com os pilotos. Tanto nos circuitos quanto na televisão."
“Esta iniciativa foi recebida com grande entusiasmo pelos promotores e operadores locais e o que não se pode é oferecer a uns GPs e a outros não.”
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