Frente da Honda ainda é "crítica", diz Márquez
Atual campeão também comentou sobre a escolha do motor que time vai usar na temporada
Marc Márquez sofreu 23 quedas durante a temporada de 2018 na trajetória de seu quinto título da MotoGP, um fator que contribuiu para os problemas de ombro que o levaram a ser operado durante o inverno europeu.
A cirurgia deixou Márquez parcialmente incapacitado para o teste de Sepang desta semana e, depois de completar algumas voltas em três dias, ele terminou na sexta colocação no último dia.
Embora o espanhol não estivesse se esforçando ao máximo, ele apontou para as duas quedas sofridas pelo companheiro de equipe da Honda, Cal Crutchlow, como prova de que a parte dianteira da moto de 2019 continua complicada.
"Claro que estamos trabalhando também nesta área, mas este teste não estava concentrado nela porque eu não estava acelerando como sempre", disse Márquez. "Eu sempre fui suave.”
"Isso não é normal para mim, mas o Cal caiu duas ou três vezes, e ainda parece um ponto crítico, mas vamos ver.”
"Quando eu estiver pronto para acelerar, darei o feedback para o time naquilo que é para testar ou não.”
"Tentamos melhorar a aceleração porque é onde eu posso sentir, mas indo para a curva eu não estava com tudo."
Crutchlow disse que achava que as quedas de Sepang eram decorrentes de algo diferente da tradicional causa dos pilotos da Honda.
Ele explicou: "Você tem que entender minhas quedas de forma diferente, porque quando normalmente caímos por causa da frente, fazemos isso muito na zona de frenagem e estressamos a frente e caímos.”
"Minha frente, no momento, é o oposto. Sinto que não tenho a carga como no ano passado, então talvez eles tenham melhorado, e eu também preciso me adaptar e precisamos adaptar o cenário para isso."
Escolha final do motor ainda não foi feita
Devido a seus ferimentos, Márquez disse na quinta-feira que se concentrou principalmente em comparar dois tipos diferentes de motores durante os testes de Sepang, em vez de tentar aperfeiçoar detalhes da RC213V.
O atual campeão disse que estava "mais ou menos" decidido sobre qual motor prefere, mas acrescentou que a Honda queria adiar a decisão final até depois do último teste de pré-temporada no Catar no final deste mês.
"Ainda temos um teste e eles dizem que não é um grande drama para escolher, mas mais ou menos para mim o caminho está claro", disse Márquez.
"Mas é melhor testar no Catar porque as condições que tivemos nestes três dias, especialmente neste último dia, não teremos durante toda a temporada."
"A pista estava muito fácil, havia muita borracha, tudo funcionava bem porque tinha muita borracha na pista, muita aderência e era fácil de pilotar a moto."
Colaboração de Oriol Puigdemont e Scherazade Mulia Saraswati
Marc Marquez, Repsol Honda Team
Photo by: Gold and Goose / LAT Images
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