Nicky Hayden: “não estou pronto ainda para deixar a MotoGP”
Campeão do mundo de 2006 fala com exclusividade ao Motorsport.com sobre o futuro de sua carreira internacional
Vivendo a parte decadente de sua carreira na MotoGP, Nicky Hayden não tem uma missão fácil para seguir no campeonato com os maus resultados dos últimos anos. O campeão de 2006 subiu pela última vez ao pódio no GP da Espanha em 2011, ainda como companheiro de Valentino Rossi na Ducati.
Mas a paixão de Hayden pela MotoGP ainda é mais profunda, mesmo que não descarte uma ida para a Superbike no futuro.
"Eu não tenho certeza ainda sobre o Mundial de Superbike – adoro correr e quero continuar nessas motos de corrida. Vamos ver o que acontece", diz ele.
"Se conseguir uma boa oferta de uma fábrica na Superbike, poderia até considerar uma troca, mas ainda amo a MotoGP e não quero deixar o campeonato após estes resultados que tive nestes últimos dois anos.”
"No próximo ano a categoria Open não vai mais existir, acho que todo mundo vai ter um equipamento mais semelhante, o que definitivamente irá nos ajudar a ser mais competitivos.”
"Vamos ver o que acontece. Espero que esteja em uma boa moto em algum lugar."
MotoAmerica "começou bem"
Com Hayden abandonando a MotoGP nos próximos anos, o campeonato ficaria totalmente sem pilotos norte-americanos. E é por isso que a Dorna - que promove o mundial de motovelocidade desde 1992 - investiu no novo campeonato MotoAmerica.
Apesar da categoria ter sido abalada pelas mortes de Bernat Martinez e Dani Rivas na etapa de Laguna Seca há algumas semanas, Hayden está confiante de que o novo certame possa dar aos grandes talentos dos EUA plataforma para chegar ao mundial.
"O MotoAmerica teve um bom começo", disse Hayden. "O público não foi enorme e a cobertura da TV poderia ser melhor, mas a atmosfera é boa e há uma vibe positiva.”
"Eu acho que isso vai ajudar a trazer mais americanos à MotoGP. Precisamos colocar nossos pilotos mais jovens em um ambiente mais competitivo, e espero que possamos elevar o campeonato a um nível semelhante ao do espanhol e do italiano."
"Lá as crianças começam cedo, em boas motos, em boas pistas e com uma concorrência real. Faz a diferença."
Objetivo é bater as Ducati Open
Os fãs norte-americanos em Indianápolis na última semana não tiveram muitos motivos para festejar se tratando de Hayden, que chegou em 16º e não pontuou. Ele cruzou a linha de chegada menos de um segundo atrás do espanhol Hector Barberá da Avintia.
"A Ducati é provavelmente a moto mais forte na classe Open," admite o piloto da Honda do time Aspar. "Ela é muito rápida e Hector anda muito bem com ela. Ele certamente é o cara mais rápido nesta classe.”
"Acho que nossa moto é forte o suficiente para vencer nesta classe, mas a nossa fraqueza é na potência. Você não tem aceleração, especialmente em comparação com as motos de fábrica em termos de câmbios seamless (sem costuras) e ação saindo de curvas lentas."
"Não vamos desistir"
Depois de ter passado a maior parte de sua carreira na MotoGP trabalhando para times de fábrica, como é para Hayden estar em uma equipe relativamente pequena como a Aspar?
"Com certeza, andar com as motos de fábrica era mais agradável pelo lado do desenvolvimento, mas a Aspar é uma equipe muito séria, muito focada.”
"Eu gosto do grupo de pessoas com quem trabalho, e, no final das contas, em cada equipe todos querem ganhar. A temporada tem sido difícil, mas ainda não acabou. Então, vamos ver se podemos fazer melhor no segundo semestre. Nós não vamos desistir."
O norte-americano ainda não tem contrato para o ano que vem.
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