Valdeno e Campos comentam SuperPole do Milhão: "Vai embolar os carros"

Conforme adiantado pelo Motorsport.com, o treino classificatório da Corrida do Milhão da Stock Car terá um formato diferente. Depois da disputa normal de Q1 e Q2, as fases seguintes da qualificação terão novidades que prometem complicar a estratégia das equipes de ponta.

No Q3, que normalmente define o pole position, os seis pilotos classificados terão três voltas lançadas cada. A média será aferida e, em seguida, os três mais velozes vão para a briga da SuperPole, na qual terão uma volta lançada para disputar o direito de largar à frente.

Com isso, os carros que largarem na parte da frente do pelotão, especialmente os três primeiros, terão menos combustível e pneus mais desgastados para a corrida do próximo domingo, no autódromo de Interlagos.

Com a confirmação do novo formato, muito se discutiu sobre a importância da estratégia para a prestigiada prova da Stock Car. Pilotos da Prati-Donaduzzi, Valdeno Brito e Julio Campos comentaram a novidade.

"É um fim de semana especial. A Corrida do Milhão é a mais esperada do ano. Vai ter muita coisa com a nova tomada de tempo. A ideia é realmente entender o regulamento para que a gente não peque nisso", disse Campos, terceiro colocado do campeonato.

"O combustível não vai ser reposto após a tomada de tempo. Quem for avançando na classificação vai gastando mais gasolina e vai largar com menos combustível. O pneu também não pode ser trocado da tomada para a corrida, então quem for avançando também vai ter esse gasto a mais dos compostos. Quem largar de sétimo para trás vai ter mais pneu e combustível e vai ficar menos tempo parado no pit".

"Vai ser um negócio para embolar os carros. Para quem está assistindo, vai ser muito bacana. Quem estiver largando entre os seis não vai ficar muito feliz", completou o piloto curitibano, que cravou a pole position na etapa de Santa Cruz do Sul.

Vencedor da primeira edição da Corrida do Milhão, em 2008, no extinto circuito de Jacarepaguá (RJ), Brito ponderou os prós e os contras do novo formato para a Prati-Donaduzzi, que tem figurado entre as equipes mais rápidas nos treinos classificatórios desta temporada.

"Essa etapa vai ser diferente. Basicamente, vão ser penalizados, de certa forma, os seis primeiros do grid de largada, principalmente os três primeiros. A partir do sétimo, os pilotos terão um certo benefício em relação ao combustível e pneus por causa do tempo de parada no box", disse.

"É uma forma que a organização achou para dar uma boa embaralhada no resultado final da corrida. É a regra do jogo e nós vamos ter que quebrar a cabeça para fazer a melhor estratégia", confessou o piloto paraibano.

Questionado pelo Motorsport.com sobre uma eventual desvantagem de ir para a briga da Super Pole, Valdeno negou que a velocidade da escuderia roxa seja um fator preocupante: "Esse é um 'problema' bom que a gente tem para administrar. Pior seria se a gente estivesse largando sempre depois de 20º. Esse ‘problema’ de ter velocidade é o melhor".

HISTÓRIA DA CORRIDA DO MILHÃO

A prova é disputada desde 2008, quando pagou 1 milhão de dólares. Ficou ausente do calendário no ano seguinte e desde 2010 vem sendo disputada ininterruptamente. O finado Autódromo de Jacarepaguá foi o palco da primeira prova, mas Interlagos vem se tornando o principal local de disputa.

Curitiba e Goiânia também receberam a corrida. A capital goiana, aliás, foi onde aconteceu a última edição. O maior ganhador é Thiago Camilo, em três oportunidades (2011, 2012 e 2015). Rubens Barrichello, que triunfou no ano passado, tem duas conquistas e busca empatar com o piloto da Ipiranga Racing neste ano. Veja todos os vencedores na galeria especial abaixo:

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