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Giaffone não vê sua associação capaz de liderar inquérito

Tricampeão da Fórmula Truck quer colocar em prática união de pilotos para baratear custos e representar futuramente classe em conselho da CBA

Felipe Giaffone
Carro de Allam Khodair e Antonio Felix da Costa
Carro de Popó Bueno e Betinho Gresse
Carro de Ricardo Maurício e Guilherme Salas
Carro de Daniel Serra e Danilo Dirani
Carro de Átila Abreu e Nelsinho Piquet
Carro de Thiago Camilo e Lucas di Grassi
Carro de Marcos Gomes e Antonio Pizzonia
Cacá Bueno
Carro de Diego Nunes e Dennis Dirani
Carro de Julio Campos e Alan Hellmeister
Carro de Rubens Barrichello e Augusto Farfus
Carro de Valdeno Brito e Maxime Martin

Voltando a trazer aos holofotes uma possível união de pilotos na Stock Car, a polêmica envolvendo as conversas de WhatsApp reveladas nesta última semana entre comissários da CBA foi o ponto de partida para a divulgação de uma nova associação no automobilismo brasileiro. Presidente da comissão do inquérito instaurado, o piloto Felipe Giaffone é o chefe desta nova organização.

A associação deverá ser anunciada dentro de um mês, mas sua primeira tarefa já está definida: liderar a investigação do caso. Porém, Giaffone não acredita que em tão pouco tempo hábil a organização possa arcar com algo desta relevância.

“Já foi criada a Associação Brasileira de Pilotos de Automobilismo (ABPA). Temos direito a voto dentro da CBA, mas ainda não há nada de concreto”, falou Giaffone ao Motorsport.com.

“Até trouxemos a equipe do Acelerados (programa do SBT) para fazer a gravação do anúncio que deve ocorrer dentro de 30 ou 35 dias. A nossa ideia na verdade não é unir os pilotos neste âmbito de competição. Infelizmente, pilotos neste sentido não são unidos, algo que faz parte.“

“Não estamos preparados para isso. A CBA até escreveu passando essa responsabilidade para a Associação. Essa troca de mensagens é coisa para o ministério público e não para nós. O que podemos fazer é incentivar algumas melhorias”.

Porém, Waldner Bernardo (Dadai), presidente da Comissão Nacional de Velocidade da CBA, acredita que seja o momento de os pilotos comandarem os rumos deste caso, discordando de Giaffone. “Esperamos que esta comissão nos dê base para tomar outras decisões”, disse.

“Vamos apurar isso e levar tudo até as últimas consequências. Credibilidade é algo que se demora muito tempo para conquistar e pode se esvair com pouco. Precisamos voltar a ter esta credibilidade.”

“Não poderia colocar alguém da CBA na comissão. Não que as pessoas não sejam idôneas, mas isso não colaboraria para a transparência do processo."

"Isso é um pouco de inexperiência deles. Com a comissão instaurada hoje, eles teriam 30 dias. Mas estes 30 dias podem ser prorrogados por mais 30 e mais 30 depois e etc. A associação pode contratar uma auditoria para fazer isso.”

A associação

Giaffone explicou um pouco dos objetivos da nova associação, que pretende a curto prazo também dar auxílio a pilotos semiprofissionais.

“No fundo queremos que esta associação se torne uma empresa. É um negócio muito maior do que foi feito no passado. Vai ser uma empresa sem fins lucrativos em que todos os recursos vão ser investidos no automobilismo e todos os pilotos vão ter o controle de tudo pelo nosso site.”

“Não vai ter benefício só para o pessoal profissional. Talvez os benefícios para os pilotos profissionais seja um pouco mais indireto. A  carteirinha de início vai ser melhor para o semiprofissional. Estamos em Brasília com o Vitor Meira e ele vai pleitear a entrada de alguns materiais de segurança sem imposto para nós.”

Segundo ele, a associação de qualquer piloto custará R$270.

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