Entrevista

Pizzonia: “carro da Stock Car é tecnicamente ultrapassado”

Amazonense ressalta qualidade do grid da categoria ante a outros campeonatos, mas acredita que mudança técnica seja necessária

Antonio Pizzonia

Antonio Pizzonia

Vanderley Soares

Antonio Pizzonia
Antonio Pizzonia em Campo Grande
Antono Pizzonia
Antonio Pizzonia
#1 Prati-Donaduzzi Peugeot: Antonio Pizzonia, Bruno Senna
#1 Prati-Donaduzzi Peugeot: Antonio Pizzonia, Bruno Senna

Atuando na Stock Car desde 2007, Antônio Pizzonia passou em 2014 pela melhor fase dentro da categoria. Ganhou suas primeiras duas corridas - em Santa Cruz do Sul e Tarumã – e terminou a temporada na nona colocação.

Porém, neste ano o piloto e sua equipe Prati-Donaduzzi vêm tendo dificuldades na segunda metade da temporada para conquistar bons resultados. Seu melhor é apenas um quarto lugar na primeira rodada dupla disputada em Curitiba.

O piloto do carro 1 vê o nível da categoria alto como nunca antes em sua história, com muitos pilotos de qualidade e renome pelo mundo. No entanto, Pizzonia é bastante crítico quanto ao lado técnico do esporte. Para ele, o carro da Stock Car é bastante antigo e pouco seguro.

“Os pilotos são excepcionais. Aqui a gente tem um nível de pilotos que não se encontra em praticamente lugar nenhum”, cravou ao Motorsport.com.

“Mas em termos de nível técnico, a categoria deixa muito a desejar. Os carros são bem ultrapassados comparando com outros carros que temos no mundo. O chassi tubular é pouquíssimo usado hoje, e ainda temos tudo em fibra de vidro. Você não tem uma consistência grande dos materiais quando usa fibra de vidro.”

“Hoje monocoque de cockpit sempre é feito de fibra de carbono. Você tem uma consistência muito precisa. Aqui, se você colocar dez chassis iguais para testar, os dez vão reagir de formas diferentes. Esse é o problema.”

“Enfim, nessa parte técnica deixa a desejar bastante. Principalmente falando da gente, que vem com histórico de carros mais rápidos e tecnologias mais avançadas. A gente sempre quer o melhor. O nosso desejo é que a categoria continue melhorando e o carros continuem evoluindo.”

Ano difícil

Do lado esportivo, a de Pizzonia e de sua equipe Prati-Donaduzzi não é das mais fáceis. Nem ele e nem seu companheiro Júlio Campos tem mais conseguido andar próximos da ponta do grid como no ano passado. “Realmente esse ano não está sendo como a gente esperava”, admitiu ele ao Motorsport.com.

“A gente sempre espera que o próximo ano seja melhor do que o anterior. No ano passado tivemos um ano bom, e a expectativa para esse ano era muito boa. Infelizmente, em situação de campeonato, está bem difícil. Mas a gente ainda quer terminar essa segunda metade bem forte.”

Mas o amazonense sabe a receita para melhorar a campanha de 2015. “O mais importante é estar pontuando em todas as provas. E isso foi provado ano passado com o titulo do Rubinho, que ganhou duas corridas. Eu ganhei duas corridas também. Então, quem estiver sempre pontuando, no final ganha o titulo.”

“É o grande segredo desse novo formato. Você não pode passar nenhum fim de semana zerado.”

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